segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Pão Recheado no Forno


Ano Novo, Vida Nova, dizem. Mas por mim até podia não mudar muito, vá pronto, um bocadinho pra melhor se não for muito incómodo mas se não der tudo bem, pode deixar estar como está: com bons amigos e saúde.

Para acabar o ano em grande e a honrar os bons amigos, fica como última receita do ano, uma entrada que tem corrido a net em múltiplas versões, daquelas de lamber os dedos (especialmente porque se come com os dedos e tudo). Pãozinho estaladiço cortado em cubos a escorrer queijo derretido, baseado nesta versão.

Ingredientes:
1 pão à escolha
80g de manteiga derretida
2 colheres de sopa de azeite
2 dentes de alho grandes ralados
1/2 cebola picada muito finamente
1 colher de sopa de mostrada com grão
3 colheres de sopa de salsa picada
4 fatias de bacon picadas em tiras fininhas
150g de mistura de queijos ralados para fundir

  1. Cortar o pão em fatias em ambas as diagonais sem cortar a base (isto é, o pão fica em losangos presos pela base).
  2. Numa tigela misturar a manteiga derretida, o azeite, a cebola, alho, mostarda e 2 colheres de sopa de salsa.
  3. Com uma colher pequena espalhar a mistura pelas gretas do pão e por cima.
  4. Distribuir também pelas gretas o bacon e depois o queijo ralado.
  5. Embrulhar em papel de alumínio e levar ao forno a 180ºC durante 20 minutos. Destapar e levar ao fonro mais 10 minutos.
  6. Polvilhar com a restante salsa e servir assim que tiver arrefecido o suficiente para agarrar os cubos de pão com as mãos.


Bom Ano Novo.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Couve-flor e Brócolos com Molho de Alcaparras


Ah, o Natal já chegou e com ele o bolo-rei e os fritos doces, que já andam por todo o lado. E eu sei que é para aí que toda a gente está virada, para as filhoses e bolachas, ou quem sabe um bacalhau mas eu tenho uma demanda a começar: descobrir se gosto de couve-flor ou não e não é o Natal que a vai parar! :-P

Ou se calhar até é o Natal que a incentiva: a perspectiva de uma quadra de abuso pecaminoso em doçaria, pede uns vegetaizinhos para servir de contraponto na balança (na metafórica e na balança real). Enfim, não é que esta receita seja totalmente inocente: tudo bem que são vegetais, tostadinhos no forno (ou no meu caso na Actifry) mas são servidos com um molho de manteiga de lamber os beiços.

Assim sendo, esta primeira tentativa de comer couve-flor em muitos anos (exceptuando a versão picles), foi um sucesso.

Ingredientes
1 cabeça média de couve-flor
1 cabeça média de brócolos
Sal, azeite e pimenta
55g de manteiga sem sal
1 cebola pequena finamente picada
3 colheres de sopa de alcaparras, enxaguadas, escorridas e picadas
1 colheres de sopa de tomilho fresco
1/2 colher de chá de mel
Sumo e raspa de 1 limão


  1. Cortar a couve-flor e os brócolos em floretes pequenos. Colocar num tabuleiro, regar com um pouco de azeite, sal e pimenta e levar ao forno a 200ºC durante 20-25 minutos, misturando a meio. (Ou então levar à Actifry uns 12 minutos).
  2. Entretanto derreter a manteiga numa frigideira pequena. Juntar a cebola e deixar refogar uns 2 minutos. Juntar depois as alcaparras e o tomilho e deixar cozinhar mais 2 minutos.
  3. Tirar do lume e juntar o mel e o limão. Provar para ajustar de sal e limão.
  4. Verter sobre os vegetais, misturar e servir.
É muito bom, depois até dá pra limpar o prato com um naquinho de pão. Não se assustem com o mel, que não fica nada a notar-se o doce. A receita foi adaptada a partir deste livro.

Nesta ocasião, servi como prato principal, a acompanhar com sobras de arroz branco com milho e cubinhos de fiambre, num jantar muito rápido a meio da semana.

Bom apetite e Bom Natal!

Horta na Marquise


Hoje mudei de divisão da casa: fui da cozinha para a marquise. E comigo foi o gato, claro, que sempre que eu vou para a marquise, segue-me a trote na esperança de poder comer umas verduras. Há uns dois anos comecei a experimentar plantar umas coisinhas cá em casa.

 Não tinha paciência para flores ou plantas ornamentais e até então só tinha tido cactos. Bastantes. Por isso comecei por umas ervinhas de cheiro e tomate. Entretanto já me passaram pela marquise várias ervas e legumes, vários sucessos e tragédias, várias pragas e mezinhas.

Até agora a maior das ameaças à horta foi mesmo o gato, que acha que tudo o que é verde e não se mexe é sobremesa e das boas. Acabei por ter de a limitar geograficamente e pôr-lhe uma rede à laia de muralha. Resultou, ainda que em desespero o gato tenha tentado alternativas. Tipo tentar comer os cactos.


Este ano, agora que estamos no Solstício de Inverno, tenho coentros e manjericão. O tomilho foi-se, numa fase pós-praga de mosca branca e ainda não arranjei outro. O cebolinho e a sálvia morreram-me ao fim de 2 anos e as sementes que tenho não pegam nem por nada.

Tenho 2 alfaces que estão a começar a ganhar volume. Algumas acelgas, umas já bem adiantadas e outras ainda a começar. Uma couve frisada que apesar de escanzelada, está um bom passo mais à frente de todas as tentativas anteriores, que nunca passaram da fase das 4 folhas antes de morrerem.

As cenouras dão-se sempre mas geralmente não me crescem muito. Desta vez plantei menos a ver como corre comm mais espaço entre elas. Até me nasceram algumas em vasos onde não pretendia...

A rúcula vai crescendo, devagarinho mas a passo firme. O agrião de jardim rebenta em tempo recorde: semeia-se num dia, passado umas 30 horas já tá tudo rebentadinho.

Tenho umas cebolas japonesas ainda do ano passado. São daquelas que não formam bolbo, ficam assim tipo cebolos. No mesmo vaso pus uns pedaços de batata grelados e um deles nasceu e deu origem a uma pé de batateira que está a crescer pra cima como se fosse um pé de feijão mágico. Estou curiosa para ver se depois é só fogo de vista ou se aparecerem umas batatinhas.

Tenho alguns pés de aneto mas alguns estão com um problema de oidio: o tempo tem estado quente e húmido e os fungos adoram.

Por fim, tenho uma pimenteira Cayenne e dois pés de Pimiento del Piquillo.

Isto da horta é sempre uma aventura, agora está bonito, daqui a um mês não se sabe como vai estar: umas coisas viçosas, outras a definhar, uma praga disto, uma praga daquilo, este ano corre isto bem, pro ano corre outra coisa melhor. Uma aventura, lá está, uma aventura ora calma ora em rebuliço.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Salteado de Salsicha com Couve de Bruxelas


Já confessei aqui a minha paixão assolapada por couve de Bruxelas? Já? Bem, então confesso mais uma vez. É uma daquelas paixões que são ainda mais intensas por terem sido precedidas por um período de aversão. Um longo período de aversão. Um período que medido a olho há-de andar na casa dos 25 anos. Felizmente a idade abriu-me outras perspectivas e com elas trouxe o gosto por chocolate bem negro, bróculos e... tcharam... couve de Bruxelas.

O próximo passo, no que aos gostos que a idade me trará diz respeito, será a couve-flor. É só preciso a receita certa. Alguém recomenda alguma? Algum(a) amante de couve-flor que se chegue à frente e me diga que receita do pálido vegetal usaria para convencer alguém a partilhar dessa paixão, se faz favor.

Ingredientes (esta é daquelas sem quantidades, é tudo a olho):
Salsicha fresca
Batata cortada aos cubos
Couve de Bruxelas
Azeite, óleo, sal e pimenta


  1. Abrir as salsichas frescas, descartar a pele e separar grosseiramente o conteúdo. Levar ao lume numa frigideira e deixar cozinhar. Retirar do lume, preservando a gordura na frigideira.
  2. Colocar na frigideira as couves de Bruxelas cortadas ao meio com a face cortada para baixo e deixar cozinhar em lume médio-alto até tostar.
  3. Entretanto cozer ou fritar as batatas em cubos (eu fritei na Actifry, mas memso assim o mais saudável seria cozê-la).
  4. Juntar a salsicha e as batatas à frigideira, temperar com um pouco de sal e pimenta e saltear em lume forte mais uns minutos até a salsicha dourar um pouco.


Dei-me conta que tinha um problema no envio de comentários, por isso mudei para um sistema sem a segurança daquelas imagens de números e letras esquisitos mas com necessidade de aprovação de mensagens. A ver se corre melhor. :-)

Bom apetite.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Frango com Cerveja, Mel e Mostarda

Uma confissão: cá em casa as cervejas duram e duram e duram e um dia acabam por passar de prazo muito antes de nós conseguirmos despachar um six-pack. Ainda as tentamos oferecer aos amigos quando vêm cá a casa mas mesmo assim não lhes damos vazão (aliás, geralmente são os amigos os culpados de termos um six-pack para gastar. Por isso de vez em quando lá vou usando uma nalgum guisado ou noutra receita, como é o caso desta.

Ingredientes:
4 peitos de frango
3 colheres de sopa de cebola picada finamente
1/2 chávena de cerveja
1 colher de sopa de mostarda com grão
1 colher de sopa de mel
2 colheres de sopa de salsa picada
Azeite, sal e pimenta

  1. Aquecer um pouco de azeite numa frigideira grande, em lume médio-alto.
  2. Temperar o frango com sal e pimenta e juntá-lo à frigideira, deixando cozinhar cerca de 6 minutos de cada lado até cozer. Retirar e reservar quente.
  3. Juntar a cebola à frigideira e deixar refogar até translúcida. Juntar a cerveja, a mostarda e o mel. Mexer bem e deixar reduzir cerca de 3 minutos até ficar mais ou menos meia chávena de molho. 
  4. Retornar o frango à frigideira, virando para envolver no molho. Retirar do lume e polvilhar com salsa.

Bom apetite!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Salada de Cenoura e Funcho



Há livros que nos surpreendem. Um destes dias, sem ocupação e com tempo para matar (para matar tempo, nada mais, não me incriminem, que não fui eu), pus-me a folhear um livro que não era meu: Diabetes - O Livro de Cozinha. Não tendo diabetes, nem alguma expectativa em relação ao livro, a verdade é que passado uns minutos dei por mim a apontar várias receitas para experimentar. 

Ingredientes (ligeiramente adaptados):
2 cenouras grandes
1 laranja grande
1 bolbo de funcho pequeno
1 mancheia de agrião (usei agrião de jardim, da minha farmville de marquise)

6 colheres de azeite extra-virgem
2 colheres de sopa de sumo de limão
2 colheres de sopa de sumo de laranja
1 colher de chá de mel
Sal e pimenta


  1. Descascar as cenouras. Com o descascador cortar as cenouras em fitas.
  2. Cortar o funcho em meias-luas muito finas. Juntar com a cenoura.
  3. Dividir a laranja em segmentos (sempre com uma tigela por baixo para aparar o sumo para aproveitar para o tempero). Tirar-lhes a pele e dividi-los em pedaços. Juntar à cenoura, juntamente com o agrião.
  4. Numa tigela misturar os temperos, bem misturados. Se necessário, dependendo da doçura da laranja, acrescentar mais sumo de limão. Verter sobre a salada e misturar bem.

Gostei imenso desta salada, servia com frango e arroz e hei-de voltar a fazê-la sem dúvida.

Bom apetite!

sábado, 24 de novembro de 2012

Bolo de Abóbora e Especiarias


Eu sou uma resistente ao Halloween. Não é que não lhe ache graça, não é que não adore o Jack Skellington, não é que não seja quase no meu dia de anos. É só que é giro enquanto tradição alheia mas adoptá-lo cá já me parece falso e forçado.

Não foi por isso, no entanto, que deixei de dar sacos de pipocas aos putos que cá vieram bater à porta (poucos é certo, apenas dois, mas mesmo assim e com pena minha foram dois a mais do que os cá vieram bater no dia seguinte pelo "pão por deus"). E não foi por isso que deixei de gostar muito de ver iluminada uma abóbora entalhada que me ofereceram para a minha festa de anos.


Foi essa abóbora que agora veio dar origem a este bolo, adaptado a partir desta receita. E foi mais ou menos como a outra história, a da Gata Borralheira, em que a abóbora se transforma numa linda carruagem. Mas se a fada madrinha fosse gulosa como eu, a Gata Borralheira tinha ficado era em casa a comer este bolo e a beber cházinho ou leite branco e o Príncipe que se desengomasse sozinho. Assim como assim toda a gente sabe que os Príncipes Encantados são uns sonsos que não lembram e mais tarde, já reis, quando enviúvam, casam com megeras que ordenam a caçadores que matem criancinhas em florestas sombrias. Quanto mais não vale uma fatia de bolinho!


Ingredientes:
1 chávena de açúcar refinado
1 chávena de açúcar amarelo
225 g de manteiga
3 ovos
¾ de chávena de abóbora assada em puré
1 chávena de natas ácidas
1 colher de chá de aroma de baunilha
2 + ¾ de chávena de farinha sem fermento
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal

1 colher de sopa de canela em pó
½ colher de chá de noz moscada
1 estrela de anis pequena moída
Raspa de meia laranja

  1. Aquecer o forno a 180ºC. Untar uma forma com buraco.
  2. Bater o açúcar com a manteiga até ficar um creme leve (como leva açúcar amarelo nunca fica tão cremoso).
  3. Juntar os ovos um a um, batendo até incorporar.
  4.  Juntar a abóbora, as natas ácidas, a baunilha e a raspa de laranja, batendo sempre.
  5. Juntar a farinha aos poucos, o bicarbonato, sal, as especiarias.Incorporar bem.
  6. Levar ao forno cerca de 60 minutos.

Depois de arrefecer um pouco, desenformar e deixar arrefecer completamente. Pode ser decorado com um pouco de glacé. meste caso usei glacé de laranja: dissolvi cerca de 1/2 chávena de açúcar em pó em 2 colheres de sopa de sumo de laranja juntamente com a raspa de meia laranja.  Depois foi só pingar por cima do bolo.

Para o puré de abóbora levei ao forno um pedaço de abóbora com casca (que ficou virada para cima), untado com um pouco de azeite e depois passei na varinha mágica.

O bolo em si ficou muito fofo, nada seco e muito saboroso.

Bom apetite!

Salada de Couve de Bruxelas e Cebola Roxa


Já lá ia bem mais que uma semana que andava com vontade de comer couve de Bruxelas, em grande parte por causa desta receita. Calha que por ironia do Universo, assim que me deu tal desejo parece que houve um buraco negro que sugou tudo o que era couve de Bruxelas dos supermercados nos 20km em redor da minha pessoa. E olhem que a minha pessoa cobre por cada viagem para o trabalho 65km de distância. São muitos os supermercados e hipers que se me atravessam no caminho e nenhum nessa semana tinha para venda as benditas couves.

Pareceu-me cá a mim que havia de ser um efeito qualquer duma conjunção astrológica e admito que se na semana antes uma qualquer secção de astrologia de um jornal ou revista tivesse tido a simpatia de avisar  que seria uma má semana para um escorpião comer couves de Bruxelas, não só eu teria passado a reconhecer todo um outro valor a essa "ciência" que desconheço, como teria poupado algum tempo perdido.

Mas pronto, lá acabei por encontrar as couves de Bruxelas e em menos de um ápice (ou mais correctamente, em duas receitas) lá se foram elas. E que bem me souberam.

200g de couves de Bruxelas
1/2 cebola vermelha
1 colher de sopa de azeite
1 colher de chá de mel
1 colher de chá de mostrada com grão
sumo de 1 limão
1/2 chávena de queijo ralado
Sal e pimenta



  1. Picar a cebola em fatias muito finas e pô-las de molho em água.
  2. Picar as couves em juliana fina e separar as folhas.
  3. Numa tigela misturar muito bem o azeite, mostarda e mel. Juntar o sumo de limão, primeiro metade e depois ir juntando o resto até ficar a gosto. Temperar com sal e pimenta.
  4. Numa taça colocar as couves e a cebola escorrida. Juntar o molho e o quase todo o queijo. Misturar bem. Polvilhar com o restante queijo e servir.


Bom apetite!


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cenouras Salteadas com Sálvia

Depois dos doces e gulosices de aniversário, convém que venham os vegetais. E virão na forma de duas receitas. Esta primeira é para quem gosta de cenoura. Intensamente. A lembrar cenoura assada no forno.

A receita veio daqui.
Ingredientes:
2 cenouras grandes cortadas em viés
1 colher de chá de manteiga
1 colher de chá de azeite
2 colheres de sopa de água
2 colheres de chá de sálvia picada
Sal e pimenta


  1. Derreter a manteiga numa frigideira anti-aderente. Juntar o azeite e aquecer.
  2. Juntar a cenoura e a água, tapar e deixar cozinhar em lume médio-baixo cerca de 10 minutos.
  3. Destapar, aumentar o lume para médio-alto, temperar com sal e pimenta e deixar cozinhar até ligeiramente dourado. Não deixar dourar demais.
  4. Polvilhar com a sálvia picada e servir.

E pronto, é bem simples e sem stresses. Como esta canção:


Bom apetite!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pizza Alsaciana (Flammkuchen)



Domingos ao jantar cá em casa é dia de pizza. Dá pouco trabalho (mesmo que se tenha de amassar uns minutos), é barato (geralmente ou aproveito para gastar restos ou uso aparas de charcutaria) e sabe bem (principalmente no sofá frente a um filme).

Neste último domingo havia para gastar uma embalagem de natas ácidas (compradas no Aldi, que publicito só porque não conheço outro supermercado que as vendam) que me sobrou da minha festa de aniversário e a ideia de fazer esta "pizza" típica da Alsácia partiu daí.


A massa é a que uso habitualmente, seguindo a receita do livro Bread - The River Cottage Handbook e o resto foi feito seguindo mais ou menos as indicações do blog Smitten Kitchen.






Ingredientes:
500g de massa de pizza
1 cebola grande (cortada em meia lua)
100g de bacon em tiras
1/2 chávena de natas ácidas
1/2 chávena de requeijão
Sal, pimenta, noz moscada

  1. Levar ao lume numa frigideira o bacon até começar a dourar mas sem deixar muito estaladiço. Retirar os pedaços de bacon.
  2. Na frigideira anterior (se necessário tirar o excesso de gordura com papel absorvente), levar a cebola ao lume médio-baixo até ficar mole e começar a caramelizar, cerca de 10-15 minutos. Temperar com pimenta e uma pitada de noz moscada.
  3. Enquanto isso,  numa tigela misturar o requeijão com as natas ácidas, até minimamente homogeneizado. Temperar com um pouco de sal (pouco, por causa do bacon).
  4. Esticar a massa com o formato desejado (dá para duas pizzas médias ou uma familiar rectângular). Espalhar a mistura do queijo por toda a superfície e depois pôr a cebola e o bacon.
  5. Levar ao lume a 220ºC durante 10-15 minutos até a base tostar.
Bom apetite.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mini-tartes de Framboesa


Podia-se pensar que teria sido preciso vir para cá o Starbucks para haver cafés catitas com preços exorbitantes para aquilo que vendem mas não, já muito antes havia um café catita nato no nosso canto da jangada de pedra que tinha umas tartes excepcionalmente catitas a um preço exorbitante para o seu tamanho e conteúdo: uma base de massa areada, um tipo de creme de pasteleiro e 3 framboesas no topo. Houve no entanto um dia que, incauta por ignorar o preço, reparei que uma dela estava-se a rir pra mim e pedi uma. Para azar da minha carteira, a tarte que apenas parecia catita, era na verdade magistral. Fiquei apaixonada.

Depois de um certo namoro e ao fim de alguns encontros, comecei que pensar em convidá-la lá para casa e torná-la minha, só minha, toda minha... essa lengalenga toda. Mas a comida sabe melhor num relacionamento aberto e decidi então convidá-la antes para a minha festa de anos e partilhá-la com muita gente.

Esta é então a minha versão das ditas tartes, adaptadas a um tamanho mais jeitoso para servir de petisco doce.

Base: Massa Areada (receita de Michel Roux, pate sucrée)
250g de farinha sem fermento
100g de manteiga sem sal (aos cubos e temperatura ambiente)
100g de açúcar em pó peneirado
2 ovos médios (temperatura ambiente)
1 pitada de sal


  1. Fazer um montinho com a farinha com uma cova ao meio. Colocar no centro a manteiga, açúcar e sal e com a ponta dos dedos começar a misturá-los. Progressivamente ir incorporado a farinha, com a ponta dos dedos até ficar uma espécie de areia.
  2. Fazer novamente uma cova e juntar os ovos. Continuar a misturar com a ponta dos dedos até incorporar os ovos e a massa ganhar alguma coesão. Quando já der para formar uma bola, amassar um pouco com as palmas da mão até ficar macio. Formar dois rolos com o diâmetro das bases pretendido, envolver em película aderente e refrigerar (1-2horas).
  3. Retirar do frio, um rolo de cada vez. Cortar em fatias com 1 cm de espessura e colocá-las ou em formas de queques ou directamente num tabuleiro forrado ou untado. Fazer uma depressão ao centro, cobrir cada rodela de massa com pedaços de papel vegetal e com alguns feijões e levar ao forno a 180º até cozinhar e começar a dourar, cerca de 10 minutos. Deixar arrefecer completamente.

Creme: Creme de Pasteleiro (adaptado da Vaqueiro)
3 dl de leite
20g de manteiga sem sal
100g de açúcar
1 colher de sopa de amido de milho
1 colher de chá de aroma de baunilha
1 raspa de limão
3 ovos

  1. Levar o leite ao lume com a manteiga até levantar fervura. Enquanto isso noutro tacho misturar o açúcar com o amido e os ovos. Juntar o leite quente progressivamente, mexendo com uma vara de arames.
  2. Juntar a raspa de limão e a baunilha e levar a lume brando, mexendo sempre até engrossar. deixar arrefecer.

Mini-tartes (cerca de 25-30):
Bases de massa areada
Creme de pasteleiro
Framboesas
Açúcar em pó

  1. Colocar o creme num saco de pasteleiro (ou num saco de sandes e cortar uma das pontas). Preencher a cavidade de cada base de massa areada com o creme.
  2. Por cima do creme colocar uma framboesa. Polvilhar com açúcar em pó e servir.

Bom apetite.







terça-feira, 6 de novembro de 2012

Pipocas de Caramelo


Nhac, nhac, nhac... ficámos todos a pipocar. Não no cinema, onde se eu mandasse eram trocadas por gelado. Mas lá por casa, nos meus anos. No meio de tudo o que se comeu foi o que mais me entusiasmou. Não que eu seja muito pipoqueira, que não sou, tanto que deve ter sido a segunda vez que fiz pipocas em toda a vida. Mas que à segunda tenham saído as melhores pipocas que já comi, foi uma muito agradável surpresa. Oh pá, agora se calhar já não há caminho de volta e vão começar a voar pipocas cá em casa com frequência.

A receita usa milho de pipocas normal, que deve ser feito como de habitual numa panela ao lume com um pouco de óleo e depois temperadas com sal. Provavelmente também deve dar para fazer com outros tipos de pipocas (de microondas, por exemplo). A receita de molho de caramelo que usei é do site Savory Sweet Life.

Ingredientes

1 taça grande de pipocas salgadas
2 chávenas de açúcar
1/2 chávena de água
3/4 chávena de nata (morna)
2 colheres de sopa de manteiga sem sal

  1. Numa frigideira anti-aderente levar ao lume médio-alto o açúcar com a água. Aguardar sem mexer que as bordas começem a ganhar uma coisa âmbar escura e retirar do lume, mexendo para que não queime.
  2. Mexendo sempre juntar 1/2 chávena de natas e a manteiga (com cuidado porque vai ferver). Mexer até dissolver qualuqer cristalização que haja e por fim juntar o resto da nata.
  3. Deixar arrefecer um pouco. Enquanto isso espalhar as pipocas num tabuleiro forrado com papel vegetal. Verter o molho de caramelo por cima das pipocas e com a ajuda de colheres e pau misturar tudo grosseiramente.
  4. Levar ao forno a 140ºC durante 30minutos. Deixar arrefecer no tabuleiro e depois transferir para a taça separando grosseiramente as pipocas.

Digo-vos ficam finamente estaladiças e a combinação do molho de caramelo com o sal das pipocas é de comer até a taça ficar vazia.

Bom apetite.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Aniversário 2012 - Bolo de Banana com Pepitas de Chocolate

O título completo diria que era Bolo de Banana e Pepitas de Chocolate com Recheio de Natas Ácidas e Cobertura de Caramelo mas seria um título despropositadamente grande e muito mais pomposo do que o bolo realmente era.

A ideia do bolo começou a tomar forma pelo telhado: quis repetir a cobertura que usei no ano passado, de buttercream de caramelo, mistura dos ingredientes desta receita com a técnica deste site. Depois a Bon Appetit deste mês publicou uma receita de bolo de banana com pepitas com muito bom aspecto e olhando em retrospectiva para estes últimos anos, é evidente que eu tenho uma pancada qualquer por bolo de banana. Perfeito portanto! Só faltava o recheio, que à última da hora, resolvi que seria de natas ácidas que me sobraram do bolo, simples e fresco para não complicar mais um bolo já cheio de sabores.

A receita aqui vai ser ser só do bolo. A cobertura já aqui falei dela e os links explicam melhor do que eu alguma vez o faria. O recheio é só mesmo natas ácidas com açúcar em pó a gosto. O bolo dá para umas 25 pessoas com fatias mais pro fino porque cada fatia é bem grande de altura e largura.

Ingredientes:
3 chávenas de farinha sem fermento
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1,5 colher de chá de sal
1,5 chávenas de açúcar
225g de manteiga sem sal
1/2 chávena de açúcar amarelo
3 ovos
1,5colher de chá de extracto de baunilha
2 chávenas de banana madura esmagada (cerca de 5 bananas)
1 chávena de natas ácidas
1 tablete de chocolate negro em pedacinhos


  1. Aquecer o forno a 180ºC. Untar duas formas de 20x20 ou redondas de 23cm e forrar o fundo com papel vegetal.
  2. Misturar a farinha, o bicarbonato e o sal numa tigela. 
  3. Noutra tigela com a batedeira misturar os aúcares com a maneteiga cerca de 3 minutos. Juntar um ovo de cada vez. Misturar a baunilha.
  4. Juntar os ingredientes secos e bater até misturar. Juntar as bananas e as natas ácidas, bater só até misturar. Juntar as pepitas de chocolate.
  5. Dividir a massa em dois e colocar nas formas untadas. Levar ao forno cerca de 35 minutos. Tirar do forno, aguardar 10 minutos e desenformar, deixando arrefecer completamente numa grelha.


Como fiz os bolos com antecedência, o que eu fiz depois foi congelar cada qual envolto em papel de alumínio para depois deixar no frigorífico a descongelar na noite anterior e rechear e cobrir no dia. Para cobrir pode ser necessário fazer em várias paragens para refrigerar um pouco a cobertura, que se torna mais difícil de trabalhar se derreter demais. Por isso não façam como eu e não deixem essa parte mesmo para em cima da hora. :-p


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Borrego Balti Bhoona


Lá fora troveja mas a chuva não cai. Agora, que já muita correu o dia todo. Cá dentro estamos na Índia a que nunca fomos, a desviarmo-nos do caril tradicional mas sem fugirmos às especiarias.

A receita vem do livro Complete Indian Cooking, que tem uma secção dedicada à cozinha tradicional do povo balti, de maioria muçulmana. Não se estranha por isso que tenha inúmeras receitas de borrego e assim, quando vi num supermercado uma pá de borrego em promoção e me apeteceu fazer algo diferente com ela, foi para este livro que me virei em busca de inspiração que me fizesse salivar.

Bhoona diz o livro que é uma espécie de técnica de saltear, que implica mexer a comida de modo a envolvê-la e a que não pegue ao tacho. Aqui é usada para misturar as especiarias com a cebola, a carne com as especiarias e no final a carne com o molho. O resultado é muito saboroso e picante ou não consoante o tipo e quantidade de pimentas que se use. É uma receita a repetir, sem dúvida.
 

Ingredientes (2 pessoas):

250g de borrego limpo de gordura e sem osso, em cubos
3 cebolas médias
1 colher de sopa de óleo ou azeite
1 colher de sopa de concentrado de tomate
2 dentes de alho ralados
1,5 colher de de chá de gengibre fresco ralado
1 colher de chá de sal (ou um pouco menos)
1/4 colher de chá de açafrão das índias
1 chávena de água
1 colher de sopa de sumo de limão
1 colher de sopa de gengibre fresco picado
1 colher de sopa de coentros picados
1 colher de sopa de hortelã picada
1 pimenta vermelha picada
 
  1. Picar a cebola finamente. Aquecer o óleo ou azeite num wok e refogar a cebola até ficar mole.
  2. Entretanto misturar o tomate com o gengibre ralado, o alho, o sal e o açafrão das índias. Juntar à cebola e saltear uns segundos mexendo para misturar tudo.
  3. Juntar o borregos cortado em cubos e deixar saltear em lume médio alto cerca de 2-3 minutos. Juntar a água, deixar ferver e depois baixar o lume, tapar e deixar cozinhar 15-20 minutos, mexendo ocasionalmente.
  4. Quando o volume da água já tiver diminuido consideravelmente, aumentar o lume para médio e começar a mexer a carne constantemente assegurando que está sempre envolta em molho e que nãos e pega ao fundo, durante 5 a 7 minutos.
  5. Juntar o sumo de limã, hortelã, gengibre picado, pimenta e coentros, misturar e servir.

 
A receita original tinha a indicação de 2,5 chávenas de água mas é claramente um erro: com lume baixo em 15 a 20 minutos essa quantidade de água nem de perto nem de longe se estava a começar a evaporar. Mais vale reduzir a água e na eventualidade pouco provável de ser necessário juntar mais aos pouquinhos durante a cozedura. Em relação ao gengibre e ervas do final, usei uma quantidade menor, apenas mantive a quantidade de sumo de limão.
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pasta Alfredo com Galinha e Brócolos



Esta não é uma verdadeira Pasta Alfredo. Não é de fettuccine (que lá o que havia em casa era esparguete), não leva doses copiosas de manteiga (quando o original leva um molho todo ele de manteiga e queijo), leva outros condutos (neste caso o frango e o verde dos bróculos).

Ainda assim é muito menos calórica, é saborosa e é rápida: perfeito pra um jantar a meio da semana. E melhor, gastou-me um ingrediente que estava a passar de prazo, o leite evaporado (err... por acaso é mentira, passado de prazo já estava... mas as conservas são daquelas coisas que desde que intactas duram tempo infindos para além do prazo).

Este prato é uma adaptação da receita: Chicken zucchini alfredo, do site Foodnetwork.

Ingredientes:
Esparguete para 4 pessoas
4 peitos de galinha
1 cabeça de brócolos
2 dentes de alho grandes
1 chávena de leite
1/2 chávena de leite evaporado
1 colher de sopa de farinha
3/4 chávena de parmesão ralado
Azeite, sal, pimenta, tomilho seco e salsa picada, sumo de limão qb

  1. Temperar os peitos de frangos com sal, pimenta, tomilho e um pouco de sumo de limão. Em seguida preparar os bróculos separando os floretes mais pequenos e fatiando os pés. Pôr o esparguete a cozer em água e sal (reservar alguma água da cozedura quando se escorrer).
  2. Aquecer um pouco de azeite numa frigideira e cozinhar o frango 3-4minutos de cada lado até alourar. Retirar do lume, cortar em fatias e reservar.
  3. Na mesma frigideira (se necessário com um pouco mais de azeite), refogar os alhos em fatias e cozinhar os brócolos com um pouco de sal e pimenta (não deixar cozer demais). 
  4. Dissolvera farinha no leite e juntar aos brócolos. Deixar ferver, baixar ao lume e deixar cozinhar mais 2 minutos. Juntar o leite evaporado, um pouco de sal e o queijo. Mexer até o queijo derreter.
  5. Juntar o frango, o esparguete e alguma água da cozedura se necessário. Polvilhar com salsa picada e servir.
Bom apetite!


    domingo, 23 de setembro de 2012

    Pá de Porco com Maçãs Assadas


    Estive mesmo para chamar a esta receita Porco de Outono. Já não estávamos habituados a um Outono que chegasse a horas, que ficasse ali mesmo à coca, à espera do Equinócio para se instalar na atmosfera. E esta receita calhou mesmo bem ao dia mais fresquito e molhado com que fomos brindados nesta estreia. Senão reparem: nela há carne, há maçãs, há cebolas e há o quentinho do forno e um aroma no ar. Tudo clama Outono e aconchego.

    A receita foi adaptada da Cooking Light, onde originalmente era feita com costeletas que, por um acaso da vida, tive de substituir por uma bela fatia de pá de porco, que leva um pouco mais de tempo a cozinhar.


    Ingredientes (2 pessoas):
    1 fatia de pá de porco grande
    1 maçã Gala (em cubos)
    4 cebolas pequenas (cortadas ao meio)
    1/2 chávena de caldo de galinha (baixo teor de sal)
    1/2colher de chá de farinha sem fermento
    1 colher de chá de vinagre de sidra
    Azeite, manteiga, sal, pimenta e ervas da provença

    1. Numa frigideira aquecer um fio de azeite e saltear as cebolas um minuto de cada lado. Colocá-las num tabuleiro de ir ao forno, juntamente com os cubos de maçã. Temperar com pimenta, ervas da Provença e colocar em cima de cada pedaço de cebola e maçã umas raspinhas de manteiga com sal.
    2. Temperar a carne com um pouco de sal e, na frigideira anterior, aquecendo mais um pouco de azeite se necessário, fritar a pá de porco, cerca de 4 minutos de cada lado. Retirar da frigideira, temperar com a pimenta e as ervas e colocar no centro do tabuleiro da cebola e maçã.
    3. Levar ao forno pré-aquecido a 200ºC, durante cerca de 15 minutos até a carne acabar de cozer e a maçã e cebola ficarem moles.
    4. Entretanto juntar à frigideira onde se fritou a carne, o caldo de galinha e a farinha. Levar ao lume, raspando os molhos da carne que tenham ficado agarrados ao fundo. Deixar reduzir até engrossar. Juntar o vinagre e uma pequena noz de manteiga. Servir com a carne.

    Bom Outono! No prato e lá fora.


    quarta-feira, 19 de setembro de 2012

    Peito de Frango Recheado com Requeijão e Pesto


    Se o calendário fosse feito por mim, estávamos agora no aproximar da passagem de ano. O fim das férias dá um tom de fim de festa mas a mudança no tempo anuncia uma nova fase. Depois do torpor de Agosto a vida ganha balanço para retomar o seu ritmo normal, surgem novos projectos, novas pessoas, novas possibilidades. Há no ar toda uma promessa de mudança típica de um ano que começa e um vigor renovado para os projectos que adormeceram no marasmo do estio.

    Gosto desta época de Outono-por-instalar, em que os dias são quentes mas quebrados por um ou outro lavado a choviscos, que de escassos nos matam saudades sem enfastiarem.


    Ingredientes
    1 peito de frango por pessoa
    Requeijão
    Pesto de manjericão (neste caso usei de compra)
    Queijo ralado para gratinar
    Sal, azeite e pimenta qb




    1. Em cada peito de frango, com uma faca, fazer um corte lateral de modo a criar uma bolsa no meio da carne.
    2. Untar o interior da bolsa com o pesto e rechear com requeijão. Fechar com um palito se necessário. Temperar o exterior com um pouco de sal (pouco por causa do pesto) e pimenta.
    3. Numa frigideira levar ao lume médio um fio de azeite. Fritar os peitos de frango, uns minutos de cada lado, até dourar ligeiramente.
    4. Retirá-los do lume e colocá-los num pirex. Espalhar sobre cada um uma camada de pesto e por cima algum queijo ralado. Levar ao forno quente cerca de 15 minutos até acabar de cozinhar.
    :

    quinta-feira, 16 de agosto de 2012

    Quadrados de Pêssego


    A cozinha é minha e eu chamo-lhes o que quiser! Pronto, tenho dito, antes mesmo que alguém repare que de quadrados nenhum deles tem nada... é o que dá não ter reparado que a massa folhada congelada que comprei era redonda. E assim de caminho, aproveito e chamo pêssegos carecas aos pêssegos carecas em vez das mais formais nectarinas.

    A receita é muito simples, muito rápida e mesmo o tempo do forno é curto (o que neste tempo de calor é o que se pede). Combina bem com uma bola de gelado (o que neste tempo de calor é o melhor que se pode pedir). Combina bem com férias (que é o que eu há muito andava a pedir) e com um piquenique numa relva com sombra (que eu até sei onde é que ela fica).

    Ingredientes:
    1 bloco de massa folhada descongelada e esticada
    2 pêssegos carecas 
    1 colher de sopa de sumo de limão
    2 colheres de sopa de açúcar amarelo
    Queijo da ilha curado ou Queijo Picante da Beira Baixa ralado

    1. Cortar a massa folhada em quadrados. Cortar o pêssego em fatias e dispô-las sobre os quadrados de massa. 
    2. Dissolver o açúcar no sumo de limão e pincelar os quadrados com o pêssego. Polvilhar com queijo ralado qb.
    3. Levar ao forno pré-aquecido a 200ºC, cerca de 15 minutos.

    A receita original veio da revista "Sabe Bem" número 8 e foi muito ligeiramente adaptada.

    Bom apetite, bom verão!





    segunda-feira, 9 de julho de 2012

    Salada de Batata e Curgete


    Se há coisa que eu gostava de poder plantar na minha marquise era courgettes. Infelizmente calha que também gostaria de manter a capacidade de entrar à vontade na marquise, sentar-se nela em boa companhia, fazer uns grelhados, coisas que exigem a existência de algum espaço desimpedido que desconfio que as courgettes não permitiriam.


    O que vale é que enquanto a minha horta não deixa a marquise, há quem tenha farmvilles de tamanho real onde as courgettes têm espaço para se desenvolver até ao tamanho de pequenos leitões.


    Ingredientes:
    Batata pequena em quartos
    Courgette em cubos
    Milho congelado
    Cebola picada
    Alho picado
    Tomilho, manjericão, sal, azeite e pimenta


    1. Cozer as batatas em água com sal, durante cerca de 8 minutos, para que fiquem cozidas mas firmes.
    2. Numa frigideira refogar a cebola e o alho em azeite. Quando a cebola estiver translúcida, juntar a courgette em cubos, temperar com sal, pimenta e tomilho e deixar cozinhar em lume médio, mexendo de vez em quando.
    3. Juntar o milho, quando a courgette começar a ficar translúcida, deixar cozinhar mais 2-3 minutos.
    4. Juntar a batata escorrida e o manjericão, aumentar o lume para médio forte e deixar a batata e a courgette alourarem, mexendo pouco.

    Esta é mais uma daquelas sem quantidades definidas (querem mais courgette ponham mais courgette, querem mais batata, ponham mais batata...). No primeiro dia serviu para acompanhar uma trutas grelhadas. No dia seguintes às sobras juntou-se atum.

    Bom apetite.





    domingo, 10 de junho de 2012

    Gambas com Limão e Alecrim


    Os Santos, o sol, o cheiro a mar e a areia quente, a esplanada, os amigos, os petiscos, as tardes mais longas, passo a passo o Verão está a crescer e a instalar-se para daqui a muito pouco vestir as roupas oficiais com todo o mérito.

    Ingredientes:
    500-750g de camarão descascado
    100g de manteiga em pedaços
    1 limão médio-grande
    50ml de molho inglês
    3 dentes de alho picados
    1 colher de sopa de alecrim picado
    Sal, pimenta, molho picante ou malagueta (opcional)


    1. Numa frigideira derreter a manteiga em lume médio-alto. Juntar o alho e o alecrim picados. Em seguida juntar o sumo do limão e a casca do mesmo cortado em rodelas ou quartos. Por fim juntar o molho inglês e o picante e deixar fervilhar um pouco.
    2. Juntar o camarão, temperar com sal e pimenta e deixar cozinhar durante 3 ou 4 minutos até cozer. Servir com pão, para aproveitar o molho.

    A receita original é do site da Martha Stewart, com ligeiras adaptações nas quantidades. A mim levou-me um pouco mais tempo a cozer porque a frigideira era pequena para todos os camarões estarem em contacto com o fundo ao mesmo tempo: para a próxima usarei uma maior. Os camarões foram descascados mas deixei a cabeça porque, há que admitir, chupar as cabeças faz parte do que há de bom em comer camarões. Se não deixarem podem usá-las para fazer caldo, que também é bem bom.

    Bom apetite.

    terça-feira, 22 de maio de 2012

    Queques de Banana e Iogurte


    Sozinha em casa num dia chuvoso, embrenhada na arrumação do escritório, arriscando ficar soterrada sob o saco quase da minha altura dos papéis (lixo) que se foram acumulando desnecessariamente ao longo de um ano e quem sabe só daqui a uma semana alguém dar pela minha falta (como se a minha mãe, tia ou o homem da casa não me ligassem todos os dias...). Mereço uma guloseima, não?

    Que seja de banana não é de todo inocente: quando as comprei amarelinhas e frescas, já as imaginava enegrecidas e para lá de maduras a pedirem como derradeiro golpe de misericórdia o quentinho do forno.


    Ingredientes para 6 queques (medidos no copo do iogurte)
    1 iogurte de cereais
    1+3/4 copos de farinha com fermento
    1/2 copo de açúcar
    1/2 copo de óleo
    1 banana grande esmagada
    1 ovo grande
    Canela e cardamomo em pó, a gosto


    1. Numa tigela misturar o ovo, a banana esmagada, o iogurte e o óleo. Noutra peneirar a farinha e juntar com o açúcar e as especiarias. Juntar lentamente os ingredientes secos aos húmidos, incorporando-os só até estarem misturados.
    2. Distribuir por formas de queques, untadas se necessário e levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 20-25 minutos. Deixar repousar 5 minutos e desenformá-los.
    Bom apetite.


    quarta-feira, 16 de maio de 2012

    Arroz de Abóbora e Cogumelos


    E quem é que precisa de Bimbis para fazer o jantar todo num só tacho? Os arrozeiros cá de casa não precisam certamente. :-P

    Este ano resolvi semear uma aboboreira na marquise. O meu problema, com o facto de ser uma marquise, é o espaço: nem tenho espaço para ter uma planta que se alargue muito, cresça a trepar por todo o lado e que precise de muito espaço para onde esticar as suas raízes, como também não me convém uma planta com potencialidade para ter frutos de vários quilos. Optei por uma aboboreira de abóboras mini (Jack Be Little): mesmo assim vai trepar (e se correr como planeado ocupar uma parte de uma dos estendais que tenho mas ao menos é compatível com a vida num vaso e os frutos para além de comestíveis são pequenos e muito decorativos. E agora que chegou a Primavera em força e que tenho a aboboreira cheia de flor, lembrei-me que também ainda tenho muita abóbora no congelador.

    Ingredientes:
    Arroz qb para 4
    400g de abóbora em cubos pequenos
    250g de cogumelos frescos fatiados
    100g de bacon em tiras
    1 cebola pequena
    2-3 dentes de alho
    1 malagueta grande ou pimenta cayenne
    Sal, azeite, pimenta e sálvia qb



    1. Num tacho aquecer um pequeno fio de azeite. Juntar o bacon e deixar dourar. Retirar o bacon e reservar.
    2. Refogar a cebola e o alho e depois juntar os cogumelos em lume médio forte. Temperar com sal, pimenta, sálvia e malagueta picadas (sem veios nem sementes). Deixar cozinhar até a água dos cogumelos evaporar.
    3. Juntar a abóbora em cubos pequenos.
    4. Quando a abóbora estiver a começar a amolecer juntar o arroz. Deixar fritar um ou dois minutos e depois juntar água (o dobro do volume do arroz). Quando levantar fervura, baixar o lume e tapar. Deixar cozer 12 minutos e deixar repousar tapado mais 5 minutos.
    5. Juntar o bacon frito e mexer bem o arroz com um garfo.

    Bom apetite.







    terça-feira, 1 de maio de 2012

    Páscoa: Pá de Borrego com Alecrim


    Cada vez que faço borrego não consigo deixar de recordar o dia em li numa revista de culinária a explicação sobre a diferença entre cabrito e borrego. Dizia a publicação que um borrego era até aos 6 meses, a partir dos 6 meses chamava-se cabrito. Achei-lhe tanta piada que na altura até scaneei para recordação.

     Enfim, mas voltando ao borrego em questão(que neste caso foi pascal, mas só agora chegou ao blog), esta é a receita ideal para quem tem um almoço de família para montar sem ajuda e precisa de algo que por assim dizer se faça sozinho e que resulte como se tivesse dado muito trabalho. A receita é do Jamie Oliver e a foto dele é bem mais apresentável que a minha.

    Ingredientes (4 pessoas):
    1 pá de borrego
    Alecrim em ramo a gosto
    1 cabeça de alho
    Azeite, sal, pimenta

    -para o molho:
    1 colher de sopa de farinha
    400ml de caldo de galinha ou vegetais
    2 colheres de sopa de alcaparras picadas
    2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
    Hortelã qb

    1. Ligar o forno no máximo. Colocar num tabuleiro metade dos ramos de alecrim e do alho (inteiro) espalhados pelo fundo. Fazer alguns golpes no borrego, untá-lo com azeite, sal e pimenta.
    2. Colocar o borrego sobre o alecrim e o alho e por cima dele dispôr o restante alecrim e alho. Cobrir bem o tabuleiro com papel de alumínio.
    3. Colocar no forno e reduzir a temperatura para 170ªC. Deixar cozinhar cerca de 4 horas (o meu levou 3h30 mas a pá tinha golpes muito profundos correspondentes às porções para as 4 pessoas).
    4. Tirar do forno. Enrolar a carne em papel de alumínio e numa toalha e deixar repousar. Entretanto extrair do tabuleiro a maior parte da gordura e os talos do alecrim.
    5. Juntar a farinha aos molhos da carne que ficaram no tabuleiro e levá-lo ao lume no fogão. Juntar o caldo e deixar ferver, misturando bem. Juntar as alcaparras e deixar reduzir em lume médio. No final juntar a hortelã picada e o vinagre e servir como acompanhamento à carne.
    Boa primavera e bom apetite.



    sábado, 28 de abril de 2012

    Panquecas de Cebolo



    Há receitas que um dia se nos atravessam à frente e nunca mais nos saem da memória. Andamos uns dias a pensar em fazê-las, a matutar com quem vamos partilhá-las, a escolher a melhor ocasião. Quando finalmente temos as desculpas perfeitas e as pomos em prática duas coisas podem acontecer: ou ficamos com essa comichão coçada e seguimos em frente ou essa primeira coçadela perpetua o prurido e logo após vermos o prato vazio começamos a pensar com quem mais gostaríamos de partilhar aquela comida.

    Aconteceu-me com uma receita de cogumelos, há uns tempos e agora voltou a acontecer-me quando vi no Delicious Days uma receita de umas panquecas que me deram vontade de meter a mão pelo monitor adentro para me poder servir delas. Não eram umas panquecas doces de pequeno-almoço ou lanche domingueiro. Era uma panquecas salgadas, como que folhadas, de sabores asiáticos. Prometiam. E agora cumpriram.

    Em pesquisas posteriores descobri que são uma receita clássica de um aperitivo asiático. A técnica que usam é aparentada da técnica da massa folhada, mas com menos trabalho. O "laboratório" do Serious Eats destrinça a técnica em pormenor e isso deu uma grande ajuda. Assim os ingredientes são do Delicious Days mas a técnica é mista com a do Serious Eats.

    O cebolo (a cebola jovem antes de formar bolbo) pelo menos aqui pros meus lados é mais facilmente comprado nos mercados e nas casas de produtos agrícolas que nos supermercados. Mas o que usei na verdade foram cebolas japoneses que semeei na minha marquise. O lado bom é que cortando em vez de arrancar a planta, passado pouco tempo já voltou a crescer, como o cebolinho. Mais panquecas...!

    Ingredientes:
    200g de farinha
    1 colher de chá de sal
    125ml de água
    3 cebolos picados
    2 colheres de sopa de óleo de sésamo

    1. Peneirar a farinha e misturar com o sal. Ferver a água e aos poucos juntá-la à farinha, mexendo. Amassar até formar uma massa uniforme e macia tipo pasta. Formar uma bola, tapar com um pano húmido e deixar repousar pelo menos 30 minutos.
    2. Dividir a massa em 8 bolas. Numa superfície enfarinhada espalhar uma delas com o rolo da massa até formar um disco. Pincelar a superfície com óleo de sésamo. Enrolar o disco de massa em forma de canudo e depois enrolá-lo sobre si mesmo tipo caracol (como na segunda foto).
    3. Voltar a esticar a massa com o rolo, pincelar novamente com óleo de sésamo e desta vez espalhar o cebolo picado por cima. Voltar a enrolar e a esticar a massa. Reservar.
    4. Fazer o mesmo ao resto da massa. Podem-se ir empilhando as panquecas entremeadas com papel vegetal. Se necessário é uma boa fase para refrigerar ou mesmo congelar a massa para uma casião futura.
    5. Aquecer numa frigideira e em lume médio óleo suficiente para cobrir o fundo mas não para ultrapassar a altura das panquecas. Fritar uma de cada vez, mexendo-as regularmente e virando a meio, até dourarem dos dois lados.
    Podem-se servir com molho para mergulhá-las, um que usei foi uma mistura de molho de soja com molho mirin, alho, sementes de sésamo e mais cebolo picado. 


    quinta-feira, 8 de março de 2012

    Pizza de Brócolos e Bacon

    Uma das coisas em que noto a maturidade (eufemismo para a PDI) a actuar é nesta minha necessidade crescente de incluir sempre uns vegetais em tudo o que faço de comidas. Eu não era assim... Não era, não! Mas tem sido progressivo, sem esforço nem intenção e hoje dou por mim a gostar de verduras e legumes de que nunca pensei vir a gostar. Digo-vos, se um dia começar a gostar de feijão, favas ou grão declaro-me pronta para a reforma por excesso de madureza. Isso e se um dia entrar numa onda do fanatismo do saudável e das dietas do legume xis que cura o pé-de-atleta e o mau olhado da vizinha e coisas que tais. Mas para já, enquanto a minha identidade não se me esvai numa qualquer demência sénior, a verdade verdadinha é que um vegetal não pode faltar mas cá para mim, não há comida hiper-saudável que um bocado de bacon não resolva.

    Juntando o melhor dos dois mundos sobre um pedaço de pão, saiu uma pizza caseira para aconchegar o fim-de-semana que passou.

    Ingredientes

    500g de farinha de trigo
    325ml de água tépida
    10g de fermento de padeiro fresco
    10g de sal
    1 colher de sopa de azeite

    Molho de tomate (eu fiz o meu com polpa, cebola, alho e orégãos)
    1 mancheia de bacon em tiras
    2 mancheias de mozzarella ralada
    1 mancheia de mistura de queijos ralados
    1 cabeça de brócolos pequena (cortada em pedaços)
    Manjericão picado

    1. Dissolver o fermento na água, juntar com o sal e a farinha e misturar. Juntar o azeite e amassar até ficar macio e flexível. Deixar repousar coberto até dobrar de tamanho.
    2. Estender a massa (dá para duas pizzas médias redondas ou uma grande rectangular). Espalhar o molho de tomate pela base, depois o manjericão e a mozzarella.
    3. Distribuir pela pizza o bacon, os brócolos e por fim a mistura de queijos.
    4. Levar ao forno bem quente até o queijo derreter e começar a dourar (e a massa estar cozinhada).
    A receita da massa é baseada no livro de bolso "Bread" do River Cottage.


    sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

    Fatias de Morango


    Quando comecei a fazer o blog, fi-lo porque sou muito esquecida. Na cozinha gosto de experimentar receitas, não pelo desafio que representem ou algo assim mas apenas porque a gula me faz salivar, mas já sei que se dali a umas semanas quiser voltar a fazer já não me lembro. Tenho uma ideia... mas ao certo ui, sei lá já bem como é que era! O blog serve de recordatório muito mais eficaz que o livro de receitas manuscrito e para mais posso conjugar cada receita com a sua imagem, não vá eu ficar desmemoriada de vez e já nem me lembrar qual era a cara da comida.

    Agora, o chato disto é mesmo o ter de parar para tirar as fotografias. Não é que eu não goste de fotografar: gosto bastante apesar de só contar com uma máquina compacta mui modesta. Mas quando estamos a salivar e temos mais gente a salivar ao nosso lado, não calha nada bem isto de pormos a comida no prato e depois "pára tudo!" que ainda vou tirar umas fotos antes. Por isso é que geralmente me saiem fotos de pratos despenteados como este, em que a fatia se desmoronou ligeiramente a caminho do prato e eu já não tive paciência para tirar outra mais certinha. Está a fatia mal alinhada? Está. Mas estava boa? Eh pá, bem boa. Siga!

    Estas fatias apesar de serem servidas morninhas, a mim sabem-me a verão e bom tempo. Já as tinha feito com amoras silvestres, desta vez fi-las com morango, que ele já anda por aí um bocadinho por todo o lado. Ainda não estão no auge mas que bem que sabem: é como reencontrar um bom amigo que esteve uns meses ausente. Agora estou desejosa que os meus na marquise tenham fruto (flor já têm) para repetir a dose. Acompanhadas duma bola de gelado, de preferência. Uhm... nham... ai a saliva...

    Ingredientes:
    115g de manteiga (+ alguma para untar)
    1 chávena de açúcar (+ algum para polvilhar)
    1 chávena de farinha com fermento
    1 chávena de leite
    2 chávenas de morangos aos pedaços

    1. Derreter a manteiga no microondas. Usar a restante para untar uma forma.
    2. Numa tigela misturar o açúcar, a farinha e o leite. Juntar por fim a manteiga e misturar bem.
    3. Verter a mistura na forma. Distribuir os morangos pela mistura.
    4. Polvilhar o topo com açúcar e levar ao forno a 180ºC, durante cerca de 30 minutos ou até ficar dourado e borbulhante.
    A receita original é da Pioneer Woman e indica 1h como tempo de cozedura mas das duas vezes que a fiz não levou mais que 30 minutos. É bem doce, por isso se preferirem podem cortar no açúcar sem problemas.

    Bom apetite e bom fim-de-semana.

    terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

    Pak Choi com Camarão

    Finalmente as couves pak choi da minha horta renderam uma refeição! Ultrapassaram para isso dois dos meus grandes handicaps em termos de produções hortícolas: primeiro, o facto de viver num apartamento; segundo e muito importante, para o meu gato tudo o que é verde e não se mexe é para comer (incluindo cactos). O primeiro resolveu-se com o uso da marquise virada a sudeste, o segundo teve de se resolver com o uso de uma rede e assim lá foram crescendo as couves que sobreviveram ao apetite do gato.

    Pelos supermercados não se costuma encontrar destas couves, de folha miúda, caule grosso e sabor um pouco azedo. São boas salteadas, apenas o suficiente para as folhas murcharem e o caule ficar mais suave mas ainda estaladiço. Se as tivesse de substituir, pelo sabor, fá-lo-ia por nabiças, grelo de nabo ou agrião.

    Ingredientes:
    2 chávenas de camarão descongelado e descascado
    1/2 cebola picada
    1-2 dentes de alho picados
    1 cm de gengibre
    1 colher de sopa de molho de ostra
    1/2 colher de sopa de molho de soja escuro
    1/2 colher de sopa de molho de soja claro
    1 molho de couve pak choi
    1 colher de sopa de sementes de sésamo
    Azeite e mistura de pimentas

    1. Num wok aquecer o fio de azeite. Refogar a cebola cerca de 1 minuto. Juntar o gengibre ralado e o alho e refogar mais 2 minutos.
    2. Juntar o camarão e refogar até cozer. Temperar com a pimenta, os molhos de ostra e de soja e misturar.
    3. Juntar as couves, misturar e deixar cozinhar até as folhas murcharem e os caules amolecerem um pouco. Juntar as sementes de sésamo e servir com arroz branco.
    Se tiverem arroz de véspera, podem juntá-lo no final e fritá-lo até ficar absorver os sabores e ficar aquecido homogeneamente. 

    Bom apetite.

    sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

    Costeletas de Porco com Molho Balsâmico


    Para acompanhar com as batatas precedentes e com uma versão simplificada desta salada de couve roxa (sem roquefort nem bacon nem pão, só a couve e os temperos) fiz estas costeletas de porco baseadas numa receita da Mafalda Pinto Leite, que tem uns livros de culinária dos quais gosto muito.

    Ingredientes:
    4 costeletas
    2 colheres de sopa de azeite
    5 colheres de sopa de vinagre balsâmico
    1/2 colher de chá de maizena
    Azeite, sal, pimenta, tomilho

    1. Com uma faca afiada fazer uns riscos na carne. Temperar com o sal, pimenta e tomilho. Deixar repousar.
    2. Aquecer um pouco de azeite numa frigideira em lume médio. Quando estiver quente fritar a carne dos dois lados até dourar (cerca de 3 minutos de cada lado).
    3. Regar a carne com o vinagre, virando as costeletas para as cobrir dos dois lados e deixar cozinhar até o vinagre estar quase todo evaporado. Reservar as costeletas.
    4. Juntar 3 colheres de sopa de água à frigideira, mexendo bem e para dissolver o molho. Juntar a maizena e deixar levantar fervura até engrossar um pouco. Servir com a carne.
     
    Bom apetite.

    quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

    Batatas com Parmesão



    Acho sempre curioso que é aos dias da semana, quando o tempo mais me escasseia, que me apetece cozinhar. Ou não tanto que me apeteça cozinhar mas que me apeteçam uns jantares mais compostos, talvez porque um dia de trabalho precise de algo confortável como recompensa ao fim do dia. Aos fins de semana, especialmente aqueles passados a molengar pela casa, a vontade dá-me mais pras sandochas, petisquinhos e sopa.

    Quando calha a vez das batatas serem o acompanhamento eleito (o que não acontece muito comparando com o arroz e as massas, principalmente o arroz), estas devem ser as que mais vezes faço: ficam muito macias por dentro, saborosas e crocantes por fora e, sempre essencial para uma noite de semana, não dão trabalho nenhum e são rapidíssimas.

    Ingredientes:
    Batatas de cozer
    Parmesão ralado qb
    3-4 dentes de alho
    Azeite, sal, pimenta, rosmaninho, louro

    1. Cozer as batatas com casca e cortadas aos quartos em água com sal e uma folha de louro, cerca de 10 a 12 minutos. Escorrer.
    2. Num tabuleiro temperá-las com pimenta, azeite e rosmaninho e colocá-las com a casca para baixo. Espalhar os dentes de alho esmagados (com ou sem casca) entre elas e polvilhá-las com parmesão.
    3. Levar ao grill do forno 8 ou 10 minutos até corarem.
    Geralmente sirvo-as com costeletas ou bifanas, que grelho enquanto elas coram no forno. São práticas para jantares de grupo trabalhosos, porque se podem cozer com antecedência e corar antes de servir. Também são boas sem o parmesão.

    Bom apetite.

    quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

    Mexilhões à Moda de Goa


    Aproveitando a ausência de quem não gosta do cheiro do caril e muito menos do gosto, decretei unilateralmente, cá em casa, a Semana da Índia. Há uns meses ofereceram-me este livro de cozinha indiana e eu ainda não tinha tido muita oportunidade de explorá-lo para além desta receita de frango. E como a Índia não é só caril, vou dedicar-me aos outros sabores ainda inexplorados pelo meu palato. Hoje dedico-me ao mexilhão. Amanhã virá o cogumelo.

    Ingredientes (da receita original, a qual adaptei para menor quantidade e miolo de mexilhão congelado):
     900g de mexilhão vivo
    115g de creme de coco
    450ml de água a ferver
    1 cebola picada
    3 dentes de algo esmagado
    2,5cm de raiz de gengibre picada finamente
    1/2 colher de chá de açafrão das Índias
    1 colher de chá de cominhos moídos
    1 colher de chá de coentro moído
    Óleo, sal e coentro fresco qb

    1. Arranjar o mexilhão. (Ou no meu caso, descongelá-lo...)
    2. Misturar o creme de coco com a água a ferver, mexer bem para dissolver e reservar.
    3. Aquecer o óleo no wok, juntar a cebola e fritar 5 minutos mexendo constantemente. Juntar o gengibre e o alho e fritar mais 2 minutos. Depois juntar o açafrão, os cominhos, o coentro moído e o sal e fritar outros 2 minutos.
    4. Juntar o coco, mexer bem e deixar levantar fervura. Diminuir o lume e deixar cozinhar 5 minutos.
    5. Juntar os mexilhões, cozinhar 6-8 minutos.
    6. Servir com o molho por cima e polvilhar com coentros frescos picados.
    Bom apetite!

    sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

    Frango com Pesto Rosso


    Ainda faltam uns mesinhos para voltarem as saladas de tomate da época, com aquele tomate bem vermelho e guloso, temperadas só com sal e azeite e muito manjericão picadinho. O tomate fora de época não se compara de todo em termos de sabor e eu já estava com saudades, por isso fui pedir ajuda ao sabor muito concentrado do tomate seco. Talvez seja este ano que no Verão me decida a fazer uma fornada dele para me alegrar o próximo Inverno.

    Ingredientes:
    4 coxas de frango (usei desossadas para cozinharem mais depressa e temperarem melhor)
    10 tomates secos
    1 mancheia de manjericão
    2 colheres de sopa de queijo Grana Padano ralado
    1 colher de sopa de pinhão
    2 dentes de alho
    2 colheres de sopa de azeite
    1 cálice de vinho branco
    Sal, pimenta e azeite qb

    1. Temperar o frango com sal (se o tomate seco que usarem for muito salgado não usar sal) e pimenta e reservar enquanto se prepara o pesto.
    2. Numa picadora juntar os tomates, o manjericão, o pinhão, o alho, o queijo e o azeite. Picar tudo até formar uma pasta. Provar e se necessário adicionar mais de algum ingrediente para equilibrar o sabor a gosto.
    3. Numa frigideira aquecer bem um fio de azeite e fritar as coxas de ambos os lados em lume alto para dourarem. Reservar.
    4. Na mesma frigideira juntar o vinho branco e deixar reduzir. Baixar o lume para médio-baixo. Juntar o pesto e um pouco de água (ou caldo de galinha) e quando começar a ferver juntar novamente o frango e tapar. Deixar cozer, virando de vez em quando para absorver os sabores dos dois lados.
    Bom apetite!

    quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

    Robalo Salteado com Ervas



    Com a Primavera precoce que temos tido (sim, eu sei que finalmente vêm aí uns dias de Inverno) anda a marquise cheia de ervinhas boas para aproveitar. Calha que ontem havia dois robalos em promoção no supermercado que olharam para mim com os seus pequeninos e esbugalhados olhos de peixe e quase que juro que me disseram: "Ouve lá, isso das ervas aromáticas é fixe? Não nos queres esfregar umas quantas aqui no lombo?". Eu nem sou muito dessas intimidades com desconhecidos mas realmente as ervas aromáticas são fixes e se não fossem nos robalos iam caminhar pro congelador por isso lá lhes fiz a vontade.

    Ingredientes:
    Filetes de 2 robalos
    Azeite, sal e pimenta
    Mistura de ervas aromáticas frescas (usei cebolinho, manjericão, salsa e tomilho)
    Sumo de limão
    Farinha qb

    1. Temperar os filetes com sal, pimenta e as ervas picadas.
    2. Deixar a marinar no frigorifico enquanto se preparam os acompanhamentos. Eu fiz puré de batata e cenoura e ervilhas cozidas em vinho branco e louro e com uma noz de manteiga no final.
    3. Aquecer azeite numa frigideira antiaderente. Passar os filetes (só no lado da pele) pela farinha. Quando o azeite estiver bem quente colocar os filetes com a pele para baixo até dourar (2-3 minutos) e depois virar e deixar dourar do outro lado (2-3-minutos).
    Bom apetite.

    segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

    Tiramisù de Ananás (sem ovos)

    Adoro a receita de tiramisù que há uns anos atrás uma co-estagiária italiana me passou mas neste fim-de-semana, ao precisar de uma sobremesa rápida para levar a um jantar, resolvi pegar no básico do tiramisù, simplificá-lo e torná-lo mais fresca. A ideia inicial era para ser de pêssego mas só quando fui concretizá-la descobri que afinal a lata que tinha na despensa era de ananás. Enfim, todos os meus problemas fossem esse.

    O resultado ficou a lembrar os bolos de anos de ananás, por isso quem gostar deles também vai gostar desta sobremesa.

    Ingredientes:
    1 pacote de natas
    2 colheres de sopa de açúcar branco
    2 colheres de açúcar mascavado
    250g de mascarpone
    180g de palitos la reine
    1 lata de ananás
    1 cm de gengibre

    1. Dispôr os palitos no fundo dum pirex de modo a cobri-lo. Verter sobre os palitos metade do sumo da lata de ananás.
    2. Levar o restante sumo ao lume com o açúcar mascavado e o gengibre até reduzi-lo à consistência de xarope. Reservar.
    3. Bater as natas com o açúcar branco até obter chantilli. Juntar o mascarpone e incorporar. Espalhar a mistura sobre os palitos.
    4. Verter no topo o xarope aleatoriamente e decorar com ananás aos pedaços (para facilitar o corte da sobremesa ao servir).
    5. Reservar no frigorífico pelo menos 2h (ou idealmente de um dia para o outro).
    Bom apetite.

    domingo, 15 de janeiro de 2012

    Bolachas de Laranja e Papoila


    O meu prédio tem o melhor condomínio da minha rua. Nem me espantaria que fosse mesmo o melhor da cidade. Mesmo tendo o prédio uma ovelha tresmalhada, coisa que, aliás, qualquer prédio tem direito a ter (direito, se não for mesmo condição inerente à existência de um prédio), as coisas correm sempre sem percalços. Tanto é que, e não acredito que haja por aí muita gente que possa dizer o mesmo, eu gosto imenso de ir às reuniões de condomínio e venho de lá sempre bem disposta.

    Já há uns tempos que saía das reuniões, que são geralmente dominicais e matutinas, com vontade de para a próxima levar umas bolachinhas, mas ainda não o tinha feito, não fosse a vizinhança pensar que eu seria maluquinha. Desta vez perdi a vergonha e fiz mesmo as bolachinhas para levar. E afinal não sou maluquinha ou não sou a única, que tendo eu avisado que ia levar bolachas, logo apareceu que trouxesse chá e café e assim hoje houve reunião com direito a coffee break. E perdendo-se a vergonha inicial, já ficou no ar um convívio de vizinhos para tempo mais primaveril. Isto às vezes o que é preciso é mesmo dar o primeiro passo.

    E digam lá, não é uma maravilha ter boa vizinhança? Se os vossos merecem (porque são bons) ou precisam (porque deviam ser melhores) que tal partilharem com eles um docinho? Quem sabe se a bolachinha da vizinha não faz milagres?

    A receita veio do blog Joy the Baker, mas por intermédio do delicioso blog Technicolor Kitchen.

    Ingredientes:
    280g de farinha de trigo
    1/2 colher de chá de sal
    1/2 colher de chá de fermento em pó
    140g de manteiga sem sal
    200g de açúcar
    1 ovo e 1 gema
    1 colher de chá de aroma de baunilha
    1,5 colheres de sementes de papoila
    Raspas de 2 laranjas grandes

    1. Numa tigela juntar o açúcar com as raspas de laranjas. Com as pontas dos dedos esfregar até todo o açúcar ficar laranja. Noutra tigela bater com a batedeira a manteiga à temperatura ambiente até amolecer e depois juntar o açúcar. Bater 2 minutos até fazer creme, juntar o ovo e gema, bater mais um pouco e por fim juntar a baunilha.
    2. Noutra tigela peneirar a farinha com o sal e o fermento e juntá-los ao creme progressivamente e batendo apenas até incorporar.
    3. Dividir a massa ao meio e formar dois cilindros (é mais fácil envolvendo em papel vegetal ou celofane) com cerca de 4cm de diâmetro. Tapar as pontas e deixar 2 horas no frigorífico ou 30 minutos no congelador.
    4. Com uma faca afiada cortar os cilindros em fatias de cerca de 6mm e levar ao forno a 180ºC cerca de 10 minutos num tabuleiro untado ou forrado (deixar algum espaço entre bolachas). Virar a meio o tabuleiro para tostarem por igual.
     
    Bom apetite e boa vizinhança.

    domingo, 8 de janeiro de 2012

    Folhados com creme de abóbora


    Nas últimas semanas estive sucessivamente demasiado cansada, ocupada, em trânsito, em festa e doente e assim se foi passando o início do Inverno, o Natal, o final do nefasto 2011 e o começo de 2012. Agora no recobro destas semanas tenho finalmente tempo e energia para tentar recuperar o tempo perdido e como tal, já uma semana pelo Janeiro adentro, fica aqui o post das prendas de Natal desta temporada.

    Na maioria dos casos a minha prenda de Natal deste ano foi Creme de Abóbora (com excepção de um ou outro frasco de creme de citrinos, depois de a tentativa de fazer creme de marmelo ter resultado bem em termos de sabor mas mal em aspecto). A receita já a tinha experimentado antes, já a tinha aqui publicado e até a tinha utilizado para rechear o meu bolo de anos mais recente. Desta vez trago-a para a sugestão de recheio de folhados.


    Ingredientes:
    1 frasco de creme de abóbora
    1 pacote de massa folhada congelada (5 placas rectangulares)
    1 chávena (tipo de café) de leite com açúcar
    Açúcar em pó

    1. Descongelar a massa durante 30 minutos. Dividir cada placa em 3 rectângulos iguais.
    2. Untar um tabuleiro para ir ao forno e dispor os rectângulos de massa folhada. Pincelar o topo de cada um com o leite e levar ao forno a 200ºC até dourarem.
    3. Cortar cada rectângulo ao meio e rechear com o creme.
    4. Polvilhar com o açúcar em pó.
    Bom apetite e bom 2012.


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