sábado, 26 de novembro de 2011

Frango Indiano com Gengibre

Não, o frango não era indiano. Não que eu soubesse, pelo menos. Como é das poucas coisas em que somos mais ou menos auto-suficientes, imagino que fosse português. Mas a receita, essa, veio da India. Literalmente e em vários sentidos: é a primeira receita que experimento de mais uma prenda de anos, o livro Complete Indian Cooking e foi comprado e trazido realmente da Índia, por uma amiga que lá esteve uns 2 meses a trabalhar.

A receita é simples, frango marinado e cozinhado na sua própria marinada, não tem ingredientes difíceis de arranjar e apesar de não ter uma lista infinda de especiarias é cheia de sabor. Para mais a marinada sabe realmente ao que se espera dum prato indiano. Depois de cozinhado, no entanto, o sabor surpreendeu-me: recorda muito aproximadamente as amêijoas à Bulhão Pato. Mas com limão, alho e coentros já mistura, já devia estar à espera.

Ingredientes:
6 coxas de frango
125ml de iogurte natural
1 colher de chá de gengibre fresco ralado
1 colher de chá de tabasco (ou a gosto)
1 colher de sopa de ketchup
1 a 2 dentes de alho esmagados
1 colher de sopa de sumo de limão
1 colher de sopa de coentro picado
1 cebola grande fatiada
Sal e azeite qb

  1. Numa tigela misturar o iogurte com o ketchup, sal, gengibre, alho, sumo de limão, ketchup e metade dos coentros. Colocar o frango num recipiente a marinar com este molho, cerca de 30 minutos.
  2. Entretanto, aquecer o azeite numa frigideira. Juntar a cebola cortada em meia-lua e deixar refogar até estar translúcida.
  3. Juntar as coxas de frango e deixar cozinhar durante 20-30 minutos, até estar bem cozido, mexendo e virando de vez em quando.
  4. Polvilhar com o resto dos coentros e mais algum gengibre ralado ou picado e servir quente.

A receita original era de asas de frango, que ninguém cá em casa gosta, mas pode ser feita com qualquer parte do frango, desde que se adaptem os tempos de cozedura.

Bom apetite.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Tarte de Manga ao Contrário


Uma manga colhida no tempo devido na terra dela, enviada para cá em avião, posta em promoção no supermercado e eis senão quando vem a destemida manga dar-se por presente no meu frigorífico. Bem corada e fragante, arregalava-se-me de cobiça o olho cada vez que o punha nela. Tardava no entanto o momento de pôr-lhe o dente: uma fruta tão airosa e que prometia um tal deleite merecia um final de resplandecente fulgor. Algo singelo, não fosse o seu brilho natural perder-se em convolutos trabalhos: uma tarte só de si, apenas a baunilha lhe retoca o aroma. Cortou-se, enfim, em fatias o prazer, repartiu-se por mãos amigas e por minutos para nós brilhou a nobre manga, com o brilho de quem por fim chega ao prò que nasce.

Ingredientes:
1 manga grande
2 colheres de sopa de açúcar
1/2colher de chá de essência de baunilha
30g de manteiga
1 placa de massa folhada

  1. Untar uma tarteira com a manteiga, espalhar a essência de baunilha e polvilhar com o açúcar.
  2. Descascar e cortar a manga em fatias e cobrir com elas o fundo da tarteira.
  3. Cortar a massa folhada estendida ao tamanho da tarteira e colocá-la por cima da manga, enrolando as pontas para baixo.
  4. Levar ao forno a 200ºC durante 20 minutos ou até a massa estar cozida e dourada.
  5. Tirar do forno e cuidadosamente inverter a tarte sobre um prato, repondo qualquer pedaço de manga que saia do sítio.
Pode-se servir quente com gelado, iogurte ou natas azedas. Ou simples. É óptimo mas tem a tendência para desaparecer em poucos minutos. A receita veio de um livro que me anda a encantar desde que mo ofereceram pelos anos: "Que delícia!" de Caroline Brewester. É a primeira que experimento e vai certamente ser a primeira de muitas.

Bom apetite.

domingo, 20 de novembro de 2011

Panquecas de Marmelo


Foi através da página de Facebook do blog No Soup For You que descobri esta receita da revista Saveur. Assim que a vi fiquei logo entusiasmada a pensar nuns marmelos que havia descoberto dois dias antes a viverem em cima do meu frigorífico (a minha mãe às vezes passa lá por casa e deixa por lá umas coisas e esquece-se de me avisar...). Eu não sou muito de marmelada ou de marmelo assado mas estou sempre disposta a experimentar novos usos para os marmelos, sejam bolos, cremes ou, neste caso, panquecas.

O resultado no entanto foi mediano. De sabor são óptimas, mas saíram todas demasiado húmidas por dentro, ou mesmo cremosas, o que não sendo mau, também não é o que eu pretendo numa panqueca. Mesmo as que fiz em lume mais baixo e deixei cozinhar mais tempo ficaram assim. Acabei por gostar mais delas já frias. Para a próximas (e vai haver próxima de certeza porque congelei parte da massa) vou diminuir a proporção de marmelo para o resto da massa. Há sempre a  possibilidade de a falha ser minha e não da receita: talvez o meu puré de marmelo estivesse mais esmagado do que o que se pretendia, por exemplo.

Em relação à receita original, só fiz uma modificação de vulto: o método de cozedura dos marmelos (cozi a vapor e com casca).

Ingrediente:
2 marmelos cortados aos pedaços
2 estrelas de anis
1 pau de canela
1 cm de gengibre
1/4 chávena de açúcar
1,5 chávenas de leite
2 colheres de manteiga
1 ovo ligeiramente batido
1 chávena de farinha com fermento
1/4 colher d echá de sal
1/4 colher de chá de canela

  1. Na panela de pressão colocar um litro de água, o pau de canela, gengibre e as estrelas de anis. Por cima, no utensílio de cozer ao vapor colocar os marmelos. Levar ao lume cerca de 15-20 minutos. Quando cozido esmagar grosseiramente.
  2. Juntar ao marmelo esmagado o leite, a manteiga derretida e o ovo. Noutra tigela misturar a farinha peneirada, o açúcar, sal e a canela e depois juntar ao preparado de marmelo.
  3. Numa frigideira larga derreter um pouco de manteiga e fritar em levas panquecas de cerca de 2 colheres de sopa, 3 minutos de cada lado. Entre levas juntar mais manteiga à frigideira.
  4. Servir quente polvilhado com açúcar em pó.

A água da cozedura dos marmelos faz um belo sumo ao qual podem juntar o sumo de 2 laranjas, coar e servir fresquinho.

Bom Outono!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pasta Carbonara com Couve de Bruxelas



Desde que os dois rapazes do excelente The Bitten Word me fizeram descobrir que afinal até gosto de couve de Bruxelas, que não consigo passar pela secção de legumes dos supermercados sem resistir a trazê-las sempre que lá vejo embalagens delas frescas e verdinhas. Lá em casa estamos rendidos.

Para mais, elas ficam sempre bem com bacon, que é outra coisa a que nos rendemos, e daí a pensarmos numa Pasta Carbonara foi um passo. Foi num daqueles dias em que não apetecia cozinhar mas em 15 minutos estava feito um jantar que nos soube maravilhas.

Ingredientes (foi tudo a olho, por isso não vou pôr quantidades):
Esparguete
Bacon em tiras
Couve de Bruxelas cortadas em quartos
1 ovo (por cada 2 pessoas) batido
Queijo parmesão ou Grana Padano ralado
Azeite, sal e pimenta

  1. Cozer o esparguete al dente, em água com sal. Escorrer e reservar um pouco da água de cozedura.
  2. Entretanto numa frigideira aquecer um fio de azeite em lume forte. Juntar o bacon e quando estiver cozido mas ainda não tostado juntar a couve de bruxelas. temperar com sal e pimenta. Deixar tostar sem mexer muito, virando as couves conforme necessário.Quando estiverem tostadas, baixar um pouco o lume e deixar cozinhar 5 minutos, mexendo de vez em quando.
  3. Numa tigela bater o ovo com o queijo ralado. Juntar o esparguete e o ovo com o queijo à frigideira e mexer bem. Se necessário, juntar um pouco da água da cozedura da massa s o molho estiver espesso demais. Deixar cozinhar 2-3 minutos, mexendo bem.
  4. Pode-se servir polvilhado com salsa.
Bom apetite.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Queques de Maçã com Cobertura de Caramelo



Que tragédia! Uma pessoa faz uma gulosice, neste caso uma cobertura de bolo para lá de óptima a saber a caramelo, sobra imenso e depois tem de andar a pensar onde é que vai utilizar o restante que entretanto congelou. Depois toca de pensar em coisas gulosas e quando dá por si está na cozinha a abrir a porta ao forno e a tirar lá de dentro uns queques de maçã. E pior! Como se fizeram poucos queques ainda sobrou mais cobertura... Lá vou ter de pensar noutra gulosice qualquer... Ai ai...

Ingredientes para 6 queques:
1 maçã picada fininho
125 de iogurte
120g de açúcar amarelo
150g de farinha para bolos
50ml de óleo
1 ovo batido
50g de manteiga
noz moscada e canela

  1. Derreter a manteiga numa frigideira. Juntar a maçã picada e deizar cozinhar aqté começar a dourar. Juntar canela e noz moscada a gosto. Reservar.
  2. Misturar o iogurte com o açúcar amarelo. Incoroporar a farinha. Juntar o óleo e o vo, homogeneizar e por fim juntar a maçã.
  3. Levar ao forno a 180ºC durante 20minutos ou até um palito sair seco quando espetar um queque no centro.
Bom apetite.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pá de Porco com Mostarda e Arroz de Rúcula




Quando se tem alguém em casa que não gosta de espinafre, vai-se progressivamente chegando à conclusão que o espinafre dá jeito para muita coisa: é uma bela maneira de acrescentar uns verdes a muitos pratos, desde sopas a lasanhas, por exemplo. Dou por mim a pensar como os subsituir mas até agora nenhuma das substituições que experimentei (grelos, nabiça, agrião) me tinha satisfeito por terem um sabor mais intrusivo do que o do espinafre. Desta vez resolvi experimentar a rúcula, que em salada crua tem um sabor um pouco forte a lembrar a mostarda e o teste foi feito sob a forma de arroz. Para mim, foi o vencedor até agora: no arroz o sabor torna-se mais súbtil e muito agradável. A técnica é um pouco diferentedo habitual, com a rúcula a ser só adicionada no final da cozedura, o que faz com que fique cozida mas ainda com alguma textura (o que para mim é um bónus).

Não sei como responde a rúcula a uma cozedura mais demorada mas hoje vou descobrir: sai uma lasanha de bacalhau com rúcula para o jantar!

Ingredientes (a refeição foi para duas pessoas):
Arroz qb
Caldo de galinha ou vegetais (2x o volume do arroz)
3 dentes de alho picado
1/2 cebola picada
50g de rúcula
10-15 folhas de mangericão picadas
1 folha de louro
Azeite, sal e pimenta qb

  1. Aquecer azeite num tacho e refogar a cebola com o alho picado. Quando a cebola estiver translúcida juntar a folha de louro e o caldo de galinha. Deixar ferver.
  2. Quando ferver juntar o arroz, mexer e deixar retomar a fervura em lume forte. Quando ferver, baixar o lume para o mínimo, tapar o tacho e deixar cozer 12 minutos.
  3. Desligar o lume, juntar a rúcula e o mangericão, misturar tudo e tapar 5 minutos para acabar de absorver os líquidos e cozinhar a rúcula.
A acompanhar o arroz (ou vice-versa) assei uma fatia grossa de pá de porco no forno, marinada com mostarda.

Ingredientes:
1 fatia grossa de pá de porco
2 colheres de chá de mostarda de Dijon
4 dentes de alho
1 dl de vinho do Porto branco
Azeite, sal e pimenta qb
Sálvia picada, a gosto

  1. Temperar a pá de porco com a mostarda, o vinho, o alho esmagado, a sálvia, sal, pimenta e um fio de azeite. Deixar marinar 2-4horas ou idealmente de véspera.
  2. Colocar a carne num tabuleiro, juntamente com algum azeite e os líquidos da marinada. Levar ao forno até cozinhar e dourar (30 minutos, dependendo da grossura da fatia). Se necessário juntar mais água ou vinho.
Bom apetite.


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