terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Peixe com laranja e funcho



Para um dia de Outono solarengo, um prato rápido e leve, aquecido pelo calor da laranja e do funcho. Para postas ou filetes, com o peixe que mais gostarem (talvez fique um pouco pesado com salmão, a laranja e o funcho pedem uma base de sabor mais delicado). Uma receita da Austrália...

Ingredientes:
2 postas de peixe (ou filetes)
1 laranja
1 colher de chá de sementes de funcho
Azeite, sal e pimenta

  1. Numa taça juntar raspas da laranja, as sementes de funcho e azeite. Untar o peixe com a mistura e deixar marinar 10 minutos.
  2. Temperar com sal e pimenta e levar a grelhar 3-5 minutos de cada lado ou até dourar e cozer. 

 Os gomos da laranja podem usar para acompanhamento, numa salada ou como neste caso junto com uma arroz de macedónia.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Tarte Folhada de Courgette e Parmesão


Ofereceram-me uma senhora courgette, bem maior do que as que costumo comprar, ao mesmo tempo que me pediram para contribuir com um petisco para uma festa. Como o tempo não era nenhum, ficando o cozinhar do petisco algures entre voltar do trabalho, ir com o carro à Inspecção e a dita festa, resolvi fazer uma tarte rapidíssima e que resultou muito bem, a julgar pelos comentários de quem provou (os meus próprios comentários forma os mais reticentes mas fui calada pela maioria).

A receita é da BBC Good Food e estava nos meus favoritos em lista de espera para a experimentar há muito.

Ingredientes:
1 placa de massa folhada
4 colheres de sopa de requeijão, mascarpone ou ricotta
Courgette qb
2 dentes de alho grandes
50g de parmesão ralado
Azeite, sal, pimenta, tomilho ou manjericão

  1. Forrar um pirex com a placa estendida de massa folhada.  Com o bico da faca marcar um rebordo de 1cm em toda a volta, sem cortar a massa completamente. Picar o centro da massa com um garfo.
  2. Cortar a courgette em fatias, temperá-las com azeite, sal, pimenta, alho picado e tomilho (ou manjericão).
  3. Misturar o requeijão com metade do parmesão e espalhar sobre a massa folhada, excepto no rebordo. Por cima dispor a courgette, parcialmente sobreposta.
  4. Levar ao forno a 200ºC durante 15 minutos. Polvilhar o restante parmesão e levar ao forno mais 15-20 minutos.
O queijo que utilizei foi feito de fresco cá em casa, segundo esta receita já anteriormente posta aqui no blog.

Bom apetite.




sábado, 26 de novembro de 2011

Frango Indiano com Gengibre

Não, o frango não era indiano. Não que eu soubesse, pelo menos. Como é das poucas coisas em que somos mais ou menos auto-suficientes, imagino que fosse português. Mas a receita, essa, veio da India. Literalmente e em vários sentidos: é a primeira receita que experimento de mais uma prenda de anos, o livro Complete Indian Cooking e foi comprado e trazido realmente da Índia, por uma amiga que lá esteve uns 2 meses a trabalhar.

A receita é simples, frango marinado e cozinhado na sua própria marinada, não tem ingredientes difíceis de arranjar e apesar de não ter uma lista infinda de especiarias é cheia de sabor. Para mais a marinada sabe realmente ao que se espera dum prato indiano. Depois de cozinhado, no entanto, o sabor surpreendeu-me: recorda muito aproximadamente as amêijoas à Bulhão Pato. Mas com limão, alho e coentros já mistura, já devia estar à espera.

Ingredientes:
6 coxas de frango
125ml de iogurte natural
1 colher de chá de gengibre fresco ralado
1 colher de chá de tabasco (ou a gosto)
1 colher de sopa de ketchup
1 a 2 dentes de alho esmagados
1 colher de sopa de sumo de limão
1 colher de sopa de coentro picado
1 cebola grande fatiada
Sal e azeite qb

  1. Numa tigela misturar o iogurte com o ketchup, sal, gengibre, alho, sumo de limão, ketchup e metade dos coentros. Colocar o frango num recipiente a marinar com este molho, cerca de 30 minutos.
  2. Entretanto, aquecer o azeite numa frigideira. Juntar a cebola cortada em meia-lua e deixar refogar até estar translúcida.
  3. Juntar as coxas de frango e deixar cozinhar durante 20-30 minutos, até estar bem cozido, mexendo e virando de vez em quando.
  4. Polvilhar com o resto dos coentros e mais algum gengibre ralado ou picado e servir quente.

A receita original era de asas de frango, que ninguém cá em casa gosta, mas pode ser feita com qualquer parte do frango, desde que se adaptem os tempos de cozedura.

Bom apetite.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Tarte de Manga ao Contrário


Uma manga colhida no tempo devido na terra dela, enviada para cá em avião, posta em promoção no supermercado e eis senão quando vem a destemida manga dar-se por presente no meu frigorífico. Bem corada e fragante, arregalava-se-me de cobiça o olho cada vez que o punha nela. Tardava no entanto o momento de pôr-lhe o dente: uma fruta tão airosa e que prometia um tal deleite merecia um final de resplandecente fulgor. Algo singelo, não fosse o seu brilho natural perder-se em convolutos trabalhos: uma tarte só de si, apenas a baunilha lhe retoca o aroma. Cortou-se, enfim, em fatias o prazer, repartiu-se por mãos amigas e por minutos para nós brilhou a nobre manga, com o brilho de quem por fim chega ao prò que nasce.

Ingredientes:
1 manga grande
2 colheres de sopa de açúcar
1/2colher de chá de essência de baunilha
30g de manteiga
1 placa de massa folhada

  1. Untar uma tarteira com a manteiga, espalhar a essência de baunilha e polvilhar com o açúcar.
  2. Descascar e cortar a manga em fatias e cobrir com elas o fundo da tarteira.
  3. Cortar a massa folhada estendida ao tamanho da tarteira e colocá-la por cima da manga, enrolando as pontas para baixo.
  4. Levar ao forno a 200ºC durante 20 minutos ou até a massa estar cozida e dourada.
  5. Tirar do forno e cuidadosamente inverter a tarte sobre um prato, repondo qualquer pedaço de manga que saia do sítio.
Pode-se servir quente com gelado, iogurte ou natas azedas. Ou simples. É óptimo mas tem a tendência para desaparecer em poucos minutos. A receita veio de um livro que me anda a encantar desde que mo ofereceram pelos anos: "Que delícia!" de Caroline Brewester. É a primeira que experimento e vai certamente ser a primeira de muitas.

Bom apetite.

domingo, 20 de novembro de 2011

Panquecas de Marmelo


Foi através da página de Facebook do blog No Soup For You que descobri esta receita da revista Saveur. Assim que a vi fiquei logo entusiasmada a pensar nuns marmelos que havia descoberto dois dias antes a viverem em cima do meu frigorífico (a minha mãe às vezes passa lá por casa e deixa por lá umas coisas e esquece-se de me avisar...). Eu não sou muito de marmelada ou de marmelo assado mas estou sempre disposta a experimentar novos usos para os marmelos, sejam bolos, cremes ou, neste caso, panquecas.

O resultado no entanto foi mediano. De sabor são óptimas, mas saíram todas demasiado húmidas por dentro, ou mesmo cremosas, o que não sendo mau, também não é o que eu pretendo numa panqueca. Mesmo as que fiz em lume mais baixo e deixei cozinhar mais tempo ficaram assim. Acabei por gostar mais delas já frias. Para a próximas (e vai haver próxima de certeza porque congelei parte da massa) vou diminuir a proporção de marmelo para o resto da massa. Há sempre a  possibilidade de a falha ser minha e não da receita: talvez o meu puré de marmelo estivesse mais esmagado do que o que se pretendia, por exemplo.

Em relação à receita original, só fiz uma modificação de vulto: o método de cozedura dos marmelos (cozi a vapor e com casca).

Ingrediente:
2 marmelos cortados aos pedaços
2 estrelas de anis
1 pau de canela
1 cm de gengibre
1/4 chávena de açúcar
1,5 chávenas de leite
2 colheres de manteiga
1 ovo ligeiramente batido
1 chávena de farinha com fermento
1/4 colher d echá de sal
1/4 colher de chá de canela

  1. Na panela de pressão colocar um litro de água, o pau de canela, gengibre e as estrelas de anis. Por cima, no utensílio de cozer ao vapor colocar os marmelos. Levar ao lume cerca de 15-20 minutos. Quando cozido esmagar grosseiramente.
  2. Juntar ao marmelo esmagado o leite, a manteiga derretida e o ovo. Noutra tigela misturar a farinha peneirada, o açúcar, sal e a canela e depois juntar ao preparado de marmelo.
  3. Numa frigideira larga derreter um pouco de manteiga e fritar em levas panquecas de cerca de 2 colheres de sopa, 3 minutos de cada lado. Entre levas juntar mais manteiga à frigideira.
  4. Servir quente polvilhado com açúcar em pó.

A água da cozedura dos marmelos faz um belo sumo ao qual podem juntar o sumo de 2 laranjas, coar e servir fresquinho.

Bom Outono!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pasta Carbonara com Couve de Bruxelas



Desde que os dois rapazes do excelente The Bitten Word me fizeram descobrir que afinal até gosto de couve de Bruxelas, que não consigo passar pela secção de legumes dos supermercados sem resistir a trazê-las sempre que lá vejo embalagens delas frescas e verdinhas. Lá em casa estamos rendidos.

Para mais, elas ficam sempre bem com bacon, que é outra coisa a que nos rendemos, e daí a pensarmos numa Pasta Carbonara foi um passo. Foi num daqueles dias em que não apetecia cozinhar mas em 15 minutos estava feito um jantar que nos soube maravilhas.

Ingredientes (foi tudo a olho, por isso não vou pôr quantidades):
Esparguete
Bacon em tiras
Couve de Bruxelas cortadas em quartos
1 ovo (por cada 2 pessoas) batido
Queijo parmesão ou Grana Padano ralado
Azeite, sal e pimenta

  1. Cozer o esparguete al dente, em água com sal. Escorrer e reservar um pouco da água de cozedura.
  2. Entretanto numa frigideira aquecer um fio de azeite em lume forte. Juntar o bacon e quando estiver cozido mas ainda não tostado juntar a couve de bruxelas. temperar com sal e pimenta. Deixar tostar sem mexer muito, virando as couves conforme necessário.Quando estiverem tostadas, baixar um pouco o lume e deixar cozinhar 5 minutos, mexendo de vez em quando.
  3. Numa tigela bater o ovo com o queijo ralado. Juntar o esparguete e o ovo com o queijo à frigideira e mexer bem. Se necessário, juntar um pouco da água da cozedura da massa s o molho estiver espesso demais. Deixar cozinhar 2-3 minutos, mexendo bem.
  4. Pode-se servir polvilhado com salsa.
Bom apetite.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Queques de Maçã com Cobertura de Caramelo



Que tragédia! Uma pessoa faz uma gulosice, neste caso uma cobertura de bolo para lá de óptima a saber a caramelo, sobra imenso e depois tem de andar a pensar onde é que vai utilizar o restante que entretanto congelou. Depois toca de pensar em coisas gulosas e quando dá por si está na cozinha a abrir a porta ao forno e a tirar lá de dentro uns queques de maçã. E pior! Como se fizeram poucos queques ainda sobrou mais cobertura... Lá vou ter de pensar noutra gulosice qualquer... Ai ai...

Ingredientes para 6 queques:
1 maçã picada fininho
125 de iogurte
120g de açúcar amarelo
150g de farinha para bolos
50ml de óleo
1 ovo batido
50g de manteiga
noz moscada e canela

  1. Derreter a manteiga numa frigideira. Juntar a maçã picada e deizar cozinhar aqté começar a dourar. Juntar canela e noz moscada a gosto. Reservar.
  2. Misturar o iogurte com o açúcar amarelo. Incoroporar a farinha. Juntar o óleo e o vo, homogeneizar e por fim juntar a maçã.
  3. Levar ao forno a 180ºC durante 20minutos ou até um palito sair seco quando espetar um queque no centro.
Bom apetite.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pá de Porco com Mostarda e Arroz de Rúcula




Quando se tem alguém em casa que não gosta de espinafre, vai-se progressivamente chegando à conclusão que o espinafre dá jeito para muita coisa: é uma bela maneira de acrescentar uns verdes a muitos pratos, desde sopas a lasanhas, por exemplo. Dou por mim a pensar como os subsituir mas até agora nenhuma das substituições que experimentei (grelos, nabiça, agrião) me tinha satisfeito por terem um sabor mais intrusivo do que o do espinafre. Desta vez resolvi experimentar a rúcula, que em salada crua tem um sabor um pouco forte a lembrar a mostarda e o teste foi feito sob a forma de arroz. Para mim, foi o vencedor até agora: no arroz o sabor torna-se mais súbtil e muito agradável. A técnica é um pouco diferentedo habitual, com a rúcula a ser só adicionada no final da cozedura, o que faz com que fique cozida mas ainda com alguma textura (o que para mim é um bónus).

Não sei como responde a rúcula a uma cozedura mais demorada mas hoje vou descobrir: sai uma lasanha de bacalhau com rúcula para o jantar!

Ingredientes (a refeição foi para duas pessoas):
Arroz qb
Caldo de galinha ou vegetais (2x o volume do arroz)
3 dentes de alho picado
1/2 cebola picada
50g de rúcula
10-15 folhas de mangericão picadas
1 folha de louro
Azeite, sal e pimenta qb

  1. Aquecer azeite num tacho e refogar a cebola com o alho picado. Quando a cebola estiver translúcida juntar a folha de louro e o caldo de galinha. Deixar ferver.
  2. Quando ferver juntar o arroz, mexer e deixar retomar a fervura em lume forte. Quando ferver, baixar o lume para o mínimo, tapar o tacho e deixar cozer 12 minutos.
  3. Desligar o lume, juntar a rúcula e o mangericão, misturar tudo e tapar 5 minutos para acabar de absorver os líquidos e cozinhar a rúcula.
A acompanhar o arroz (ou vice-versa) assei uma fatia grossa de pá de porco no forno, marinada com mostarda.

Ingredientes:
1 fatia grossa de pá de porco
2 colheres de chá de mostarda de Dijon
4 dentes de alho
1 dl de vinho do Porto branco
Azeite, sal e pimenta qb
Sálvia picada, a gosto

  1. Temperar a pá de porco com a mostarda, o vinho, o alho esmagado, a sálvia, sal, pimenta e um fio de azeite. Deixar marinar 2-4horas ou idealmente de véspera.
  2. Colocar a carne num tabuleiro, juntamente com algum azeite e os líquidos da marinada. Levar ao forno até cozinhar e dourar (30 minutos, dependendo da grossura da fatia). Se necessário juntar mais água ou vinho.
Bom apetite.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bolo de Especiarias com Recheio de Abóbora e Laranja e Cobertura de Caramelo


(Trinta) anos, que tolo! 
Ainda se os desfizesse, 
Mas fazê-los não parece 
De quem tem muito miolo!* 

Trintinha e não trintona, já dizia um amigo... E foram mesmo trinta velas, já que este ano ao contrário do que me é costume, apeteceu-me celebrar como quem sabe que a vida é um milagre incerto. E também como quem pressente há muitos anos que os trinta vão ser a melhor década da minha vida.
Para comemorar como deve ser, para além de amigos e família, não pode faltar o bolo. Estamos no final de Outubro e não há como deixar o Outono lá fora, por isso quis trazê-lo até à boca nos sabores do meu bolo de aniversário. Assim vieram as especiarias (a canela, o gengibre, o anis), veio a abóbora, vieram as laranjas e por fim, a rematar como a proverbial cereja no topo do bolo, veio a riqueza do caramelo.




O bolo em si veio do Smitten Kitchen apenas lhe acrescentei a olho a canela e o anis moído. Por qualquer motivo ambos os bolos (este é um bolo de duas camadas, portanto ao forno vão dois bolos iguais que depois se sobrepõem) abateram um pouco quando saíram do forno. Poderá ter sido por a receita original usar farinha para bolos sem fermento e depois juntar o fermento à parte e cá só se arranjar farinha para bolos com fermento (talvez as concentrações de fermento sejam diferentes). O que é certo é que o abatimento resolveu a questão do nivelamento: fiquei com dois bolos direitíssimos, sem qualquer cúpula que fosse preciso corrigir e a textura ficou muito agradável, húmida e nada seca (eu não aprecio nada a textura dos pães-de-ló secos...).

O recheio foi um creme de abóbora com laranja que já havia testado há umas semanas atrás, tipo um curd, feito com abóbora manteiga previamente assada. Tem um sabor subtil, nada enjoativo onde se notam bem tanto a abóbora como a laranja e ainda um toquezinho de gengibre.

Por fim a cobertura, da qual me sobrou ainda um tupperware inteiro, que congelei, e hei-de usar em queques um destes dias, é um buttercream ao estilo italiano, uma emulsão de claras, açúcar e manteiga, mas neste caso feito com caramelo. É um pecado de manteiga é certo, mas como qualquer bom pecado vale o seu peso em prazer. A técnica veio daqui, onde se podem ver muitas dicas passo-a-passo (e no final também, a desmistificação do processo ao mostrarem como é difícil fazer com que corra mal)  mas os ingredientes e quantidades vieram da Martha Stewart. Usei essas quantidades mas depois de decorado o bolo sobrou cerca de um terço da receita.

E com a preguiça de quem fez anos e está de fim-de-semana prolongado, deixo-me o privilégio de não escrever aqui nenhuma das receitas, remetendo os possíveis interessados para os links que vos deixei. ;-p

Bom Outono e bom apetite!

*Adaptado de João de Deus

domingo, 23 de outubro de 2011

Fusilli de Abóbora e Bacon e Um Livro


O segundo destino da abóbora que assei na semana passada foi um almoço rápido de fim de semana: daqueles fins de semana em que nos embrenhados numa tarefa há muito adiada, porque de semana não há tempo e depois logo fazemos no fim de semana mas quando este chega a vontade não aparece e se vai protelando e protelando até que num abençoado dia acordamos com uma fúria qualquer que nos enche de uma determinação tal que nem há tempo pra pensar em almoços.


Nestes próximos fins de semana para mim também não haverá muito tempo para pensar em elaboradas refeições mas por motivos diferentes. Saiu no meio do mês um livro de BD pela Editora Asa, escrito por mim e desenhado por Hugo Teixeira. É uma história de magia juvenil mas para todas as idades (espero eu) e chama-se Mahou - Na Origem da Magia. O lançamento oficial vai ser no festival Amadora BD, no Fórum Luís de Camões, no sábado dia 5 de Novembro mas entretanto estaremos todos os fins de semana no festival que começou ontem, para convívio, autógrafos, ver exposições, etc. Apareçam.

Ingredientes:
Fusilli
Abóbora assada (em cubos)
Cebola (picada)
Alho (picado)
Azeite, sal e pimenta
Salvia
Bacon (em tiras)
Parmesão ralado

  1. Cozer o fusilli em água com sal.
  2. Numa frigideira, fritar o bacon num pequeno fio de azeite até tostar. Juntar a cebola, o alho e a sálvia.
  3. Quando a cebola estiver translúcida juntar a abóbora e temperar com sal e pimenta. Deixar a abóbora aquecer (vai parcialmente desfazer-se formando quase um molho).
  4. Juntar o fusilli escorrido e alguma da água da cozedura para aligeirar o molho. Envolver bem e desligar o lume quando o molho tiver a consistência desejada. Polvilhar com parmesão ralado, mais um pouco de sálvia e servir.

Esta é mais uma receita sem quantidades: deixem-se guiar pelo vosso gosto.

Bom apetite.

domingo, 16 de outubro de 2011

Pão de Sementes e Creme Doce de Abóbora


Bake Bread for World Bread Day 2011Estava este pão a cozer no forno quando descobri que hoje é o Dia Mundial do Pão. Que bem que calhou!

A inpiração para este pão veio de 2 sítios. Primeiro de um livro maravilhoso que me chegou pelo correio esta semana: The River Cottage Bread Handbook. Há algum tempo que procurava um livro de culinária dedicado ao pão mas custei a decidir-me... ao vivo só encontrava livro baseados em máquinas de pão, que eu não tenho nem me sinto tentada a vir a ter. Pela net, sinto sempre falta de ver os livros na mão antes de os comprar, mas foi por acabei por escolher. Quando chegou fiquei agradavelmente surpreendida e olhem que as expectativas já eram altas: o livro tem um formato compacto (lá está, é um handbook), tem uma paginação arejada, agradável e elegante, fotografias adoráveis e uma capa com textura muito mais bonita ao vivo do que nas imagens de previews. O livro em si é mais um livro de técnicas do que de receitas. Não é não tenha receitas de pão, tem várias e com óptimo aspecto mas a parte mais importante é a parte que esmiuça as técnicas básicas pois a partir daí tem-se as portas abertas para chegar a qualquer pão.


Segundo, o que me inspirou especificamente para um pão de sementes, foi uma abóbora-manteiga que assei este fim de semana para fazer puré. Ao limpar a abóbora vi todas aquelas sementes e pensei: uhm... que bem que ficavam num pão... Guardei-as as sementes, tostei-as ligeiramente no forno enquanto a abóbora assava, juntei-lhes mais algumas sementes que haviam cá por casa e lá foram elas fazer-me companhia na amassadura.

O puré da abóbora, esse, foi uma parte uma parte para fazer um creme doce de abóbora e laranja para acompanhar o pão; outra parte para sopa e o resto para congelar com destino ao que der e vier.


Pão de Sementes:
400g de farinha
100g de farinha integral
500ml de água
10g de fermento fresco
10g de sal
1 mancheia de sementes (abóbora, sésamo, papoila*)


  1. Na noite anterior juntar o fermento, 250g de farinha e 500ml de água e deixar levedar durante a noite.
  2. De manhã juntar o resto da farinha, o sal e as sementes mais pequenas, mexendo com uma mão até ter uma massa minimamente amassável. Depois passar a massa para uma superfície enfarinhada e amassar cerca de 10 minutos até ter uma massa macia e elástica. Pode ser necessário juntar um pouco mais de água por causa da farinha integral. Perto do final juntar as sementes maiores e dispersá-las amassando.
  3. Deixar levedar até dobrar de tamanho. depois com a ponta dos dedos calcar a massa para tirar o ar, dobrar as pontas (como quem dobra um folheto) e deixar levedar novamente até ao dobro.
  4. Ligar o forno no máximo e colocar um tabuleiro a aquecer e um pequeno recipiente a aquecer.
  5. Voltar a tirar o ar à massa, dar-lhe a forma pretendida. Untar a superfície com um pouco de água e polvilhar com algumas sementes. Deixar repousar de preferência num cesto com um pano enfarinhado.
  6. Quando tiver quase dobrado de tamanho, colocar o pão no tabuleiro aquecido, fazer um ou dois golpes no topo com uma faca serrilhada e colocá-lo no forno. Nessa altura verter também alguma água no outro recipiente que se colocou a aquecer no forno e fechar a porta de imediato (com algum cuidado que o vapor de água queima).
  7. Ao fim de 10 minutos baixar um pouco a temperatura e deixar o pão cozer cerca de 40-50 minutos.
  8. Retirar do forno e deixar arrefecer antes de cortar.



Creme de abóbora e laranja
100g de puré de abóbora
1 ovo
30g de açúcar
18g de manteiga com sal
1/2 laranja (sumo e raspas)
Gengibre fresco qb


  1. Em banho maria levar o puré a aquecer. Enquanto isso numa tigela bater o ovo com o açúcar, o sumo e raspas de laranja e gengibre ralado a gosto.
  2. Lentamente juntar o preparado de ovo ao puré mexendo sempre. Deixar a mistura cozinha, mexendo com frequência até o creme engrossar (cerca de 20minutos).
  3. Quando tiver uma boa consistência de creme, tirar do lume e juntar a manteiga. Deixar arrefecer.


*juntem as sementes que tiverem e gostarem, por exemplo linhaça ou girassol, também são muito boas.

Bom apetite!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Salada de Couve Roxa com Roquefort e Bacon


Há que admitir: na maior parte das vezes, uma salada é aquele conjunto de vegetais crus que se mistura 3 segundos antes de se pôr a comida na mesa, geralmente umas folhitas de alface, um bocadito de tomate, sal, azeite e vinagre e já 'tá, 'bora p'ra mesa que o jantar arrefece!

Não admira por isso que quando resolvi fazer uma salada mais elaborada, ainda por cima para um banalíssimo jantar rápido a meio da semana, houvesse quem comentasse que enfim, demorou mais a salada que o resto do jantar... Por acaso não foi bem verdade que ela só levou o tempo que o resto levou no forno mas a montagem final foi a última coisa a fazer, já depois do resto estar pronto. A "vingança" acabou por ser que afinal a salada foi o elemento mais repetido da refeição, efeito secundário de ter sido o mais apreciado.

A receita não é minha, é de um livro apetitoso chamado Vegetables from an Italian Garden: Season-by-Season Recipe do qual tenho várias receitas em lista de espera. A couve roxa em geral é muito boa a acompanhar carne de porco e neste caso, como é uma salada complexa, acompanhei-a com carne de porco grelhada, marinada mas sem molhos, para manter a complexidade sob controlo.

Ingredientes:
1 couve roxa pequena (em juliana fina)
120ml de vinagre de vinho tinto
4 colheres de sopa de azeite
250g de bacon em tiras
6 fatias de pão branco (cortado em cubos, sem côdea)
100g de roquefort (em pedaços)


175ml de azeite
3 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
1 colher de sopa de mostarda de Dijon
Sal e pimenta

Alface para servir

  1. Levar o vinagre de vinho tinto ao lume até ferver. Colocar a couve roxa numa tigela e verter o vinagre sobre ela. Misturar. (Eu como gosto da minha couve roxa um pouco mais macia, a seguir a este passo levei-a ao microondas um minuto, depois reservei no frigorífico).
  2. Aquecer um colher de azeite numa frigideira e fritar o bacon em lume médio cerca de 8-10minutos até ficar bem estaladiço. Reservar o bacon.
  3. Juntar o restante azeite à frigideira e fritar os cubos de pão até ficarem dourados, virando-os ocasionalmente. Pode ser necessário fazê-lo em mais de uma leva. Escorrer em papel de cozinha.
  4. Preparar o vinagrete juntando o azeite, vinagre branco, mostarda, sal e pimenta.
  5. Por fim, juntar a couve roxa, bacon, pão e queijo roquefort. Temperar com o vinagrete e servir sobre folhas de alface.
Para a ocasião fiz apenas metade da salada. A salada inteira dará para 4-6 pessoas, dependendo do que se serve a acompanhar.

Bom apetite.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pescada em trouxa de couve



Acho que admiro as pessoas que têm a presciência de fazer com antecedência comida em quantidades pantagruélicas para depois não terem grande trabalho com os jantares durante a semana de trabalho. No meu caso, pelo contrário, cinco dias da semana são cinco jantares feitos com o menor trabalho possível e no menor tempo possível, para tentar que estejam prontos antes das 22h (o que nos dias em que essa é a hora a que se chega a casa é impossível). Só não sei se realmente os admiro porque gosto de comer e para mim o melhor de cozinhar é poder comer exactamente (salvo a ausência de algum ingrediente ou de capacidade técnica) aquilo que me está a apetecer e hoje sei lá o que me vai apetecer amanhã.

E a que propósito vem isto? Vem a propósito de uma receita muito prática e sem grandes complicações, ideal para um dia da semana.

Ingredientes (2 pessoas):
4 medalhões de pescada congelados
8 folhas de couve coração
1 cálice de vinho branco
Bacon em tirinhas
Azeite, sal, pimenta

  1. Escaldar as folhas de couve em água a ferver.
  2. Temperar os medalhões com sal e pimenta. Colocar um fio de azeite num tabuleiro.
  3. Sobre uma folha de couve colocar bacon, depois um medalhão e depois mais bacon. Enrolar a folha e depois enrolar no sentido oposto com outra folha. Colocar no tabuleiro com as pontas da couve para baixo. Repetir com os outros medalhões.
  4. Juntar o cálice de vinho branco ao tabuleiro. Cobrir o tabuleiro completamente com folha de alumínio e levar ao forno a 180ºC durante cerca de 30 minutos. Se necessário, depois tirar o alumínio de deixar mais uns minutos para secar o caldo.
Bom apetite.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Fusilli de Atum e Macedónia


Ando a sonhar com abóboras. Não é que estes dias de sol não me saibam bem, muito pelo contrário. Mas já há um certo princípio de humidade quando o sol se põe que me faz pensar já no Outono e em belas abóboras-manteiga.

Apesar disso a comida hoje traz uma cara primaveril, pontilhada a verdes e amarelos. Na verdade é o tipo de comida que me ocorre todo o ano (ou como dizia o outro, é o tipo de comida que a mim me assiste em qualquer época). Simples, rápida, adaptável ao que há à mão e ao nº de estômagos a encher.


Ingredientes:
Massa fusilli para 2 pessoas
1 lata de atum
1 tigela de mistura de ervilhas e milho congelado e feijão verde cortado
2 anchovas
2 dentes de alho
100ml de natas light
1 cebola
Sal, azeite, pimenta, salsa e parmesão

  1. Cozer as massas em água a ferver com sal. Reservar as massas e alguma água da cozedura.
  2. Levar a mistura de legumes 8 minutos ao microondas em água com sal.
  3. Numa frigideira colocar um fio de azeite e o alho picado. Levar ao lume mínimo até o azeite aquecer. Juntar a cebola picada e as anchovas, passando o lume para médio. Temperar com pimenta.
  4. Quando a cebola ficar translúcida e as anchovas se desfizerem juntar juntar os legumes escorridos. Deixar cozinhar 2 minutos.
  5. Juntar as natas e deixar ferver, se necessário juntando alguma água da cozedura, se o molho estiver espesso demais. Se necessário rectificar também o sal.
  6. Depois juntar as massas, envolver e desligar.
  7. Polvilhar por cima com parmesão e salsa.

Bom apetite.

domingo, 18 de setembro de 2011

Pastelão de tomate e anchovas

Calmamente, depois de um início com maior fartura, os meus dois pés de tomate cherry da varanda continuam a produzir alguns pequenos tomates que vou guardando no frigorífico até juntar os suficientes para uma refeição. Nem toda a gente gosta de tomate cá em casa mas a mim calham-me mesmo bem para um jantar prático num dia em que não apeteça cozinhar (que é como quem diz, qualquer jantar de domingo).

O pastelão, o primo português da tortilha e da frittata, pode ser feito no fogão mas eu prefiro a comodidade do forno: não há que virar, não há que tirar do fogão no final e pôr no grill, é só meter no forno e esperar.


Ingredientes (1 pessoa):
4-6 tomates cherry (conforme o tamanho)
2 ovos
2 colheres de sopa de natas light
1 dente de alho
2 anchovas
sal, pimenta, azeite e cebolinho picado, queijo parmesão ralado, qb

  1. Cortar os tomates ao meio, colocar numa tarteira pequena, temperar com sal, pimenta, alho picado e azeite e juntar as anchovas picadas. Levar ao forno a 180ºC durante 5 minutos, enquanto se prepara o resto.
  2. Numa tigela bater os ovos juntamente com as natas. Juntar o queijo ralado e o cebolinho.
  3. Misturar os ovos batidos com o tomate e levar ao forno até os ovos coagularem e dourarem.

Bom apetite.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Uma Aboboreira com Amoras Silvestres


Não, não é o resultado de nenhum experiência estranha no campo da genética vegetal. É apenas o resultado de um belo passeio de férias pela Serra da Aboboreira, mais um cantinho fantástico nos arredores de Amarante: uma serra juntinha ao Marão/Alvão, com vista para Baião e salpicada por vestígios pré-históricos. Ou como no Naturlink lhe chamam: o último bastião selvagem do distrito do Porto!

E aí íamos nós caminho acima, entre pedregulhos, antas, dólmens e santuários, quando por detrás de cada muro de pedra nos começam a saltar à vista silvas repletas de enormes amoras negras e suculentas. Fui todo o caminho a salivar e na descida lá me fizeram a vontade: carro parado à berma, as mãos roxas, algumas amoras comidas e um saco cheio delas para levar para casa.



Chegados a casa o que fazer com elas? Não sendo a casa minha o ideal era algo básico, sem ingredientes invulgares. Fui buscar a inspiração ao americanos, que parecem ter um extenso reportório de receitas com frutos silvestres e decidi-me por este cobbler da Pioneer Woman. E que bem escolhida que foi a receita: é tão simples e tão bom! E aposto que fica uma maravilha com outras frutas também. E com quentinho com uma bola de gelado de baunilha a acompanhar? Muito bom. Fiquei fã.

No dia seguintes, já sem cobbler, pus as amoras restantes numa tigela, com uma colherzinha de açúcar e umas gotinhas de limão, levei ao microondas e usei-as como molho para o restante gelado de baunilha.

Ingredientes:
115g de manteiga (+ alguma para untar)
1 chávena de açúcar (+ algum para polvilhar)
1 chávena de farinha com fermento
1 chávena de leite
2 chávenas de amoras

  1. Derreter a manteiga no microondas. Usar a restante para untar uma forma.
  2. Numa tigela misturar o açúcar, a farinha e o leite. Juntar por fim a manteiga e misturar bem.
  3. Verter a mistura na forma. Distribuir as amoras pela mistura.
  4. Polvilhar o topo com açúcar e levar ao forno a 180ºC, durante cerca de 1 hora ou até ficar dourado e borbulhante.
É quase magico como algo tão simples pode ficar tão bom. De ressalvas só tenho duas: uma é que no forno que usei, apesar de eu marcar para os 180ºC, a temperatura pareceu-me muito maior e em 20 minutos estava feito; outra é que quando estava quase pronto polvilhei com mais algum açúcar como a Pioneer Woman sugere mas é desnecessário. Ah e uma explicação que ficou incompleta: não sabia como chamar a esta receita, não conheço nenhum equivalente para cobbler em português que me satisfizesse, daí o título menos habitual deste post.

Bom apetite.


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bolo de Iogurte de Limão e Sementes de Papoila


Andam aí pelas pastelarias do país uns muffins de limão, embrulhados em papel preto, que são uma perdição. Foram eles o incentivo para este bolo de limão e sementes de papoila. A inspiração, essa, veio do blog Smitten Kitchen e das suas variações sobre uma receita da Ina Garten, a Barefoot Contessa da Culinária. A desculpa, por sua vez, veio da presença esperada de visitas cá em casa e foi só mesmo uma desculpa que o bolo acabou por ser todo comido pela malta da casa, mas enfim, os bolos sabem-me melhor se tiverem uma desculpa.

Ah e este é um bolo que precisa dum aviso: é preciso gostar de limão!

Ingredientes (medidos em pacotes de iogurte):
3 pacotes de farinha
2 pacotes de iogurte natural (não açucarado)
2 pacotes de açúcar
1 pacote de óleo vegetal
3 ovos
raspa de 2 limões
3 colheres de chá de fermento
1/2 colher de chá de sal
1/2 colher de chá de extracto de baunilha
2 colheres de sopa de sementes de papoila

75ml sumo de limão + 75g de açúcar

  1. Aquecer o forno a 180ºC e preparar* uma forma tipo bolo inglês.
  2. Peneirar a farinha e juntar-lhe o sal e o fermento.
  3. Noutra tigela bater os ovos com o açúcar, baunilha, iogurte e raspa de limão. Juntar depois a farinha e envolver. Por fim incorporar o óleo.
  4. Levar ao forno durante 50 minutos ou até um palito sair seco no centro. Deixar arrefecer 10 minutos e retirar da forma.
  5. Entretanto levar ao lume o sumo de limão com o açúcar até dissolver. Verter sobre o bolo ainda morno deixando-o ensopar (é mais fácil se se fizer vários furinhos na superfície com um palito e se se usar um pincel). deixar arrefecer completamente.

Se quiserem ainda se pode, depois de arrefecido cobrir com uma cobertura de limão, bastando para isso juntar 1 pacote de açúcar em pó com 2 colheres de sopa de sumo de limão e verter sobre o bolo.

*A minha forma é de silicone e por isso não precisa de nenhuma preparação. As formas de outros tipo convém que sejam forradas no fundo com papel vegetal, untadas com manteiga e polvilhadas com farinha.


Bom apetite.




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Queques de Banana e Chocolate



Para começar uma confissão: ultimamente dá-me para comprar bananas sabendo que não as deverei conseguir comer em tempo útil, só para as ver ficar cada vez mais pretas no frigorífico e ter uma boa desculpa para fazer algum tipo de bolo com elas. 

Desta vez para além da desculpa da maturidade avançada, havia também a desculpa da necessidade do farnel a meio dum passeio fisicamente puxado (para quem não está habituada, o que é o caso). Sim, que a vida não é só hambúrgueres de porco e maçã... um docinho também calha sempre bem.

A receita é da Nigella Lawson e contrariamente ao que eu esperaria (dada a fama de gulosa da senhora) acho que precisam de um pouco mais de açúcar da próxima vez. Confirmo a previsão dela em relação à quantidade: a receita dá 12 queques certinhos. Queques, sim. Para mim muffins, cupcakes e quejandos vão todos corridos a queques, que ao menos é um nome bem aportuguesado e generalista. Tirando o Bolo de Arroz, que no fundo é um queque mas respeitável e com direito a nome próprio.

Ingredientes:
3 bananas muito maduras
125ml de óleo vegetal
2 ovos
100g de açúcar amarelo
225g de farinha
3 colheres de sopa de cacau
1 colher de chá de bicarbonato de sódio

  1. Esmagar as bananas e misturar-lhes primeiro o óleo e depois o açúcar e os ovos.
  2. Numa outra tigela misturar a farinha, cacau e bicarbonato e juntar ao preparado anterior. Misturar só o suficiente para homogeneizar.
  3. Verter numa forma de queques (untada se for necessário) e levar ao forno a 200ºC durante 15-20 minutos (até um palito no centro do queque sair limpo).

É tão rápido... quer para fazer, quer para comer. Bom apetite.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Hamburguer de Porco e Maçã com Cebola Caramelizada



Enquanto chegavam e não chegavam as férias houve uns passeios do programa Ciência Viva no Verão que me foram trazendo o aroma das férias de Verão para os fins de semana que intervalam o trabalho. Uns mais calmos que outros mas aconteceu que este ano foram todos à volta da geologia. Ora, depois de uma manhã andar pedregulho acima, pedregulho abaixo pela Serra da Arrábida e com a perspectiva de uma continuação pela tarde fora, é preciso algo para recuperar as energias a meio do dia. Neste último passeio, em redor do Portinho da Arrábida, parte desse precioso combustível foram estes refrescantes hambúrgueres.


Ingredientes:
450g de carne de porco picada
1 maçã ralada sem casca
1 cebola finamente picada
1 ovo batido
Sálvia picada, azeite, sal e pimenta qb

2 cebolas em rodelas

1 colher de sopa açúcar mascavado
Manteiga qb

  1. Colocar a cebola em rodelas ao lume baixo com o açúcar e a manteiga. Deixar cozinhar lentamente, durante cerca de 40minutos, mexendo de vez em quando, até caramelizar.
  2. Entretanto, colocar a cebola picada 30 segundos no microondas na potência máxima (passo opcional, corta um pouco a intensidade da cebola: a que usei era muito forte).
  3. Misturar a cebola com os restantes ingredientes, temperar com sal e pimenta e levar ao grelhador ou à frigideira com um pouco de azeite quente, cerca de 7 minutos de cada lado.
  4. Servir com a cebola caramelizada.
Esta receita pertence à revista de culinária Olive e podem vê-la aqui. Gostei bastante e hei-de repetir noutras ocasiões.

Bom apetite.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Tarte de Tomate Cherry Assado

Este ano resolvi aproveitar a marquise, que é grandita e virada a sudeste, para fazer uma mini-horta. Nada muito complicado que eu não sou muito dedicada e a experiência é nula. Primeiro umas ervas de cheiro, manjericão, sálvia (que já faleceu), tomilho, cebolinho, coentro, salsa (com quem entrei em conflito quando se encheu de bicharada). Depois umas malaguetas em hidropónica, umas alface daquelas que crescem em altura e uns tomateiros cherry. Agora estou à espera para ver se as flores da beringelas vão dar fruto ou não.

Foi com os tomates cherry da minha marquise que fiz esta tarte. Podiam ser algo assimétricos mas eram bem saborosos.


Ingredientes
1 base para tarte (massa quebrada pré-feita ou esta receita, por exemplo)
1 Queijo fresco ou ricotta (fiz fresco, como nesta receita) qb
100g de queijo emmental ou cheddar (em cubos)
100g de fiambre ou mortadela (em cubos)
1 ovo (opcional)
12-15 tomates cherry
3 dentes de alho
azeite, manjericão, sal e pimenta

  1. Num tabuleiro colocar os tomates e os dentes de alho inteiro, temperá-los com azeite, sal e pimenta e levar ao forno cerca de 20 minutos a 180ºC. 
  2. Forrar uma tarteira com a base de massa quebrada. Levar ao forno (com feijões a servir de peso) durante 5 minutos.
  3. Numa tigela misturar o queijo fresco com os cubos de friambre e emmental. Opcionalmente juntar um ovo batido. Temperar com sal e pimenta e manjericão.
  4. Cobrir com a base da tarte com mistura de queijo fresco.
  5. Por cima colocar os tomates assados (com ou sem pele, como preferirem).
  6. Levar ao forno a 180ºC cerca de 20 minutos.

A verdade é que assim que os tomates saíram do forno da primeira assadura foi logo uma tentação não os comer assim mesmo. Mas pronto, o resultado final valeu a pena e ainda deu pra molhar pão no molho que ficou, enquanto se esperava que a tarte cozinhasse.


Bom apetite.

domingo, 24 de julho de 2011

Cheesecake no Forno com Frutos Silvestres


Para quando vem cá a casa alguém jantar ou quando quero levar algo para jantar em casa alheia há duas coisas que nunca me falharam na hora da sobremesa: o tiramisu e o cheesecake. Geralmente por cheesecake refiro-me aqueles que não requerem cozedura e cobertos por uma camada de doce de morango ou de frutos silvestres. Mas este fim-de-semana, já que tinha de fazer um cheesecake e apenas para uso doméstico (a embalagem do queijo ia passar de prazo), decidi experimentar fazer um cheesecake dos que vão ao forno (ou tipo New York) coberto com creme de iogurte e frutos silvestres.

Só correu mal uma coisa: resolvi experimentar uma marca e variedade diferente da habitual de bolachas digestivas e não foi de todo uma melhoria em relação às do costume. De resto, tá provado e aprovado.

A receita é uma compilação de várias que vi pela net (BBCGoodFoog, Joy of Baking, Blue Cooking e mais uma ou outra referência).

Ingredientes
1 pacote de bolachas digestivas
95g de manteiga

500g de queijo creme ou batido (eu uso Phoenicia mas muita gente usa Philadelphia)
4 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de aroma de baunilha
2 colheres de sopa de farinha
1 pacote de natas
3 ovos
raspa de 1 limão

2 iogurtes naturais açucarados
100ml de natas
doce de frutos silvestres e fruta para decorar, qb

  1. Aquecer o forno a 180ºC. Picar as bolachas digestivas e misturar com a manteiga amolecida (fica com textura de areia molhada). Forrar uma forma de mola com esta mistura (untar a forma primeiro se esta não for anti-aderente). Reservar no frigorífico.
  2. Numa tigela misturar o queijo com o açúcar, a raspa de limão e a farinha. Juntar as natas e o aroma de baunilha e bater com batedeira de varas. Juntar por fim os ovos, um a um.
  3. Deitar a mistura de queijo na forma de mola e levar ao forno. Ao fim de 25 minutos baixar a temperatura para 150ºC. Deixar cozinhar mais 15-20 minutos (o centro deve tremer se se abanar a forma) e desligar deixando o cheesecake arrefecer dentro do forno (com a porta aberta se quiserem mais cremoso ou com ela fechada se quiserem mais sequinho).
  4. Entretanto juntar as restantes natas com o iogurte e colocar no pano de cozinha sobre uma tigela para retirar algum conteúdo de água. Quando o cheesecake tiver arrefecido verter esta cobertura sobre ele e espalhar algumas colheres de doce sobre a cobertura. Misturar ligeiramente o doce com a cobertura sem entanto homogeneizar (tipo marmoreado).
  5. Levar ao frigorífico 4 horas ou dum dia para o outro e servir decorado com frutas.

Bom apetite.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cocktail de Camarão



Sexta-feira. Que tal irmos para o fim de semana em grande? A receita é um clássico para ser servido fresquinho e com amigos e outros petiscos a acompanhar.

Ingredientes:
200g camarão grande cozido e descascado
1 abacate pequeno
alface qb
2 colheres de sobremesa de maionese
1 colher de sobremesa de ketchup
1 colher de chá de vinho do Porto branco
1 colher de sopa de pão ralado
1 colher de chá de parmesão ralado
Molho inglês, sal, pimenta, azeite, sumo de limão

  1. Vamos começar por preparar o molho. Nada mais simples: juntar a maionese, ketchup, vinho do Porto branco, umas gotitas de molho inglês e sumo de limão a gosto. Reservar no frigorífico.
  2. Numa frigifeira aquecer um fio de azeite e torrar um pouco o pão ralado com o parmesão.
  3. Na altura de servir misturar a alface com o abacate cortado às fatias. Temperar com azeite, sal, pimenta e um pouco de sumo de limão. Juntar o camarão.
  4. Temperar com o molho rosa e polvilhar com o pão ralado.
Bom apetite e bom fim de semana.

sábado, 9 de julho de 2011

Bolo de Banana e Marmelo

É verdade que estamos no Verão, tempo de sol, de praia, de noites mal dormidas por causa do calor (o atmosférico e o das hormonas), dos zumbidos da mosquitada ao entardecer, mas não é menos verdade que um bolinho saído do forno à hora do lanche nunca calha mal: basta trocar o chá quente por chá gelado para acompanhar ou então aproveitar estes dias mais pardos com que o Verão nos anda a brindar.

No fundo já que nada podemos fazer se o S. Pedro nos oferece dias mais frescos ou mais cinzentos, mais vale abraçá-los trazendo para eles o que de melhor o Outono tem: bolinhos, chás e geleia de marmelo. E já que os anteriores dias solarengos vieram acompanhados por muita fruta de Verão, aproveita-se e usam-se as bananas que foram ficando para trás no frigorífico até estarem completamente enegrecidas (a cor perfeita quando se pensa em bananas para bolos).

Esta receita foi adaptada a partir da receita de Banana Bread do blog da Farinha King Arthur. Porque é que os anglófonos chamam a isto pão de banana nunca percebi: provem e digam lá se não é realmente um bolo. Há que assumi-lo: um bolo fofo, húmido e docinho (mas sem exageros). Talvez lhes pese menos a consciência calórica chamando-lhe de pão...

Ingredientes
110g de manteiga sem sal
130g de açúcar amarelo
1 colher de chá de essência de baunilha
1/4 colher de chá de noz moscada
1 colher de chá de bicarbonato
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de sal
400g de banana esmagada (cerca de 2-3 bananas)
130g de geleia de marmelo
2 ovos batidos
180g de farinha sem fermento
100g de farinha integral

  1. Aquecer o forno a 170ºC.
  2. Numa tigela bater o açúcar com a farinha, a baunilha, noz moscada, sal, fermento e bicarbonato.
  3. Juntar a banana, a geleia e os ovos batidos. Misturar bem.
  4. Incorporar as farinhas. Verter numa forma de bolo inglês (untada se não for de silicone) e deixar repousar 10 minutos.
  5. Levar ao forno aquecido durante 45 minutos. Tapar depois com folha de alumínio de levar ao forno mais 25 minutos. Testar com um palito: se vier com migalhas, aumentar o temo em períodos de 5 minutos até o palito sair seco e limpo. Deixar arrefecer 10 minutos antes de desenformar.

Bom apetite!

sábado, 18 de junho de 2011

Ovos Mexidos com Farinheira



Esta é um clássico dos petiscos, daquelas receitas que não é de ninguém é de toda a gente. E sabe tão bem.

Ingredientes
1 farinheira
5 ovos L
2 colheres de sopa de natas


  1. Fazer um corte longitudinal ao longo de toda a farinheira.
  2. Numa frigideira anti-aderente untada com um pouco de margarina levar a farinheira a fritar até se soltar da pele e dourar. Retirar a pele.
  3. Bater os ovos com as natas e juntá-los à farinheira, mexendo até coagular.
Pode-se servir com alguma salsa picada.

Bom apetite e boas tarde de Verão a petiscar.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cogumelos no Forno com Alho


Às vezes o acaso põe-nos à frente uma receita que automaticamente adere à nossa memória e que durante dias a fio não nos sai da ideia até que lá encontramos o momento certo para a fazer e experimentar. São aquele tipo de receitas que só de olharmos para elas já lhes conseguimos imaginar o sabor. Para mim, é quase certo que uma receita desse tipo estará acompanhada de uma fotografia de crescer água na boca, já que as papilas gustativas da minha imaginação são muito visuais.

Calha então que há umas semanas passei por um blog onde nunca tinha passado e fiquei com esta receita e essas fotos na cabeça durante dias a fio. Mas mesmo agora que já a experimentei, continua na minha cabeça: é que esta receita precisa de ser partilhada e que melhor desculpa há para convidar os amigos para uma petiscada do que uma receita que não nos sai da cabeça?

Ingredientes:

500g de cogumelos frescos inteiros (usei dos castanhos)
2 colheres de sopa de alcaparras escorridas e picadas
3 dentes de alho grandes picados
2 colheres de sopa de azeite
45g de manteiga sem sal
2 colheres de chá de sumo de limão
1/4 de chávena de salsa picada
Sal e pimenta qb
  1. Aquecer o forno a 220ºC. Juntar num tabuleiro os cogumelos, as alcaparras, os alhos, azeite, sal e pimenta. Misturar bem. Cobrir com a manteiga cortada aos pedaços.
  2. Levar ao forno, mexendo de vez em quando (eu devia ter mexido mais vezes, reconheço), durante cerca de 15 a 20 minutos, até o cogumelos dourarem um pouco.
  3. Juntar o sumo de limão e a salsa e servir.
Bom apetite.

domingo, 5 de junho de 2011

Panquecas de Banana


Era inevitável, tendo feito panquecas de banana, vir aquilo falar algures da música do Jack Johnson. Aliás se googlarem por "banana pancakes" vai-vos aparecer mais referências à dita música do que propriamente receitas de panquecas. E eu até gosto da música mas na verdade não foi ela que me levou à vontade de fazer esta receita: para isso não há nada como o estímulo de ter umas bananas a escurecer no frigorífico.

A receita veio daqui e é para repetir.

Ingredientes:
1 chávena de farinha sem fermento
2 colheres de chá de fermento em pó
1 colher de sopa de açúcar
1/4 colher de chá de sal
1 ovo batido
1 chávena de leite
2 colheres de sopa de óleo
2 bananas maduras trituradas

  1. Numa taça misturar os ingredientes secos (farinha, fermento, açúcar). Noutra juntar os húmidos (banana, óleo, leite, ovo batido).
  2. Juntar os secos aos húmidos e misturar (a textura vai ficar um bocado heterogénea por causa da banana, é normal).
  3. Untar uma frigideira anti-aderente com manteiga e colocar conchas de massa (1 concha=1 panqueca) conforme a capacidade da frigideira. Virar quando os buraquinhos que surgem à superfície começam a tornar-se permanentes. Servir quente.
Bom apetite e vão lá então ouvir o Jack Johnson. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Gratinado de Tomate e Beringela





É feriado pelos meus lados, está sol lá fora, a praia está a piscar-me o olho e para o almoço apetece-me algo leve que me faça pensar em almoços lá fora ao ar fresco.



Ingredientes (1 pessoa):
1 tomate médio
1 quarto de beringela
2 fatias de bacon cortado em tirinhas
1 quarto de Queijo Curado de Mistura
1 fatias de pão de forma torrado
1-2 colheres de sopa de leite
1 dente de alho
Azeite, pão ralado, manjericão, sal e pimenta qb

  1. Cortar o tomate e a beringela em fatias. Temperar com azeite, sal, pimenta, o dente de alho picado e manjericão. Colocar numa pequena travessa que possa ir ao forno, cobrindo o fundo.
  2. Numa tijela misturar bem o pão de forma esmigalhado, o bacon, o queijo esfarelado e o leite. Dispôr esta mistura sobre o tomate e beringela.
  3. Polvilhar com pão ralado e levar ao forno aquecido a 200ºC até dourar.
Bom apetite.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Lasanha de Frango e Requeijão


Não haja dúvidas que o frango de churrasco é uma coisa maravilhosamente prática: compra-se feito, sabe muito bem e com as sobras dá para fazermos mil e uma coisas. Com sobras de frango de churrasco em casa e muitas placas de massa na despensa, hoje apeteceu-me fazer uma lasanha de frango.

Por outro lado a lasanha também tem o seu quê de prático e relaxado (como aliás todas as massas): mais uns gramas de frango, menos uns gramas de frango, mais vegetais, menos vegetais, no final vai dar tudo bem. Por isso é que desta vez eu cá não vou pôr quantidades. Foram comilões e sobrou-vos pouco frango? Ponham mais vegetais e menos carne. Petiscaram antes do jantar e o apetite para o frango não foi muito? Não há problema, fica a lasanha com mais carne.

Ingredientes:
Molho bechamel
Frango de churrasco (sobras)
Requeijão
Alho francês
Aipo
Parmesão ralado
Sal e pimenta, azeite  e manteiga ou margarina
Placas de lasanha

  1. Numa frigideira aquecer um pouco de azeite e saltear o alho francês e o aipo picados. Quando tiverem cozinhado, juntar o frango cortado em pedaços e temperar com o molho do frango (no fundo da embalagem fica sempre algum molho de frango de churrasco). Se tiverem pouco molho, temperar com sal e pimenta.
  2. Escaldar as placas de massa em água com sal a ferver, uma a uma e reservá-las sobre um pano.
  3. Untar o tabuleiro com manteiga e forrar o fundo com placas de massa. por cima colocar metade da mistura de vegetais e frango, juntamente com 2/3 do requeijão (desfeito com um garfo). Cobrir com molho bechamel. Repetir novamente as camadas de ingredientes.
  4. Por fim pôr uma nova camada de massa, cobrir com o último terço do requeijão e com uma camada de bechamel. Polvilhar com parmesão e cobrir bem o tabuleiro com folha de alumínio.
  5. Levar ao forno 30 minutos, retirar a folha de alumínio e deixar mais 5 ou 10 minutos até dourar por cima.
As fotos do final não ficaram apresentáveis. Salvou-se esta que é logo do início da montagem da lasanha.

Bom apetite.

sábado, 7 de maio de 2011

Almoço de Páscoa II: Polenta com Parmesão no Forno


Nunca tinha experimentado fazer polenta, que cá por casa é mais frequente e carinhosamente tratada por Papas de Carolo, mas como isso das papas (tal como a polenta o era na Itália) é coisa de gente pobre, o nome que agora tá na moda é o italiano, polenta. Mas adiante, a polenta é feita com carolo (ou sémola) de milho, isto é, uma farinha grosseira de milho. Pode ser servida de várias maneiras: ou cremosa, tipo puré de batata ou consistente, sendo neste caso geralmente fatiada e dourada no forno, na grelha ou por fritura.

A que fiz foi na versão mais consistente, que tem o conveniente de poder ser feita na véspera, deixada no frigorífico para solidificar e depois no próprio dia foi só fatiar e levar ao forno para tostar.

Ingredientes:
250g de sêrmola de milho
1 litro de água
1 cubo de caldo de galinha
1 chávena de parmesão ralado
1 colheres de sopa de manteiga
Sal e pimenta qb

  1. Num tacho levar a água ao lume e quando começar a ferver juntar o caldo e depois a sêmola progressivamente e mexendo sempre para não formar grumos. Baixar um pouco o lume e continuar a mexer até que as papas se comecem a soltar da parede do tacho (pode levar algum tempo, uns 20 minutos...).
  2. Juntar a manteiga, o parmesão, a pimenta e rectificar o sal.
  3. Espalhar a polenta num tabuleiro e levar ao frigorífico até arrefecer.
  4. Quando for para servir, fatiar, dispôr num tabuleiro, polvilhar com mais parmesão e levar ao forno  para tostar no grill, virando depois a polenta para dourar do outro lado.
Bom apetite.

sábado, 30 de abril de 2011

Almoço de Páscoa I: Borrego no Forno com Beringelas

Já se passaram duas semanas mas só agora houve oportunidade para vir partilhar convosco o meu almoço de Páscoa. Este ano coube-me a mim a responsabilidade e eu quando me vi em posse de metade de um borrego resolvi delegar essa responsabilidade em alguém que até agora ainda não me falhou: o Jamie Oliver.

A receita vem então o livro dele, Cooking with Jamie, e foi acompanhada com salada e fatias de Polenta no forno (a receita virá a seguir).


Ingredientes:
1 metade de borrego
3 ou 4 beringelas (cortadas em pedaços grosseiros 5cm)
2 cebolas roxas (cortadas em 6/8 pedaços)
1 colher de sopa de orégãos secos
1 ramos de alecrim (só as folhas)
Azeite, sal e pimenta

Para o molho de tomate:
3 dentes de alho picado
2 latas de tomate pelado
1 ramo de salsa
Vinagre de vinho ou balsâmico
1 malagueta seca picada
3 anchovas em óleo
azeite, sal e pimenta

  1. Aquecer o forno a 220ºC. Esfregar o borrego com azeite, sal e pimenta. Levar a perna e mão ao forno num tabuleiro durante 30 minutos. Reservar as costeletas.
  2. Entretanto misturar as beringelas com a cebola, azeite, sal, pimenta e os oregãos.
  3. Retirar o borrego do forno, escorrer a maior parte da gordura, juntar as costeletas ao tabuleiro, temperar o borrego com o alecrim e distribuir a mistura de beringelas em redor da carne.  Pôr novamente no forno, mais 1 hora, virando o borrego ao fim de 20minutos. Se necessário, juntar um pouco de água e ir mexendo os vegetais para não queimarem.
  4. Entretanto fazer o molho de tomate: num tacho ou caçarola fritar o alho e os pés da salsa picado em azeite durante um minuto. Juntar o tomate (esmagado), sal, pimenta, um pouco de vinagre, a malagueta e as anchovas. Deixar em lume brando durante 30 minutos.
  5. Quando o borrego estiver pronto, retirá-lo do tabuleiro e reservar tapado. Escorrer o excesso de gordura e juntar o molho de tomate às beringelas. Levar ao lume médio em cima do fogão, mexendo com uma colher para soltar o que estiver pegado ao fundo mas com cuidado para não esmagar demais os vegetais. Juntar quase todas as folhas da salsa, deixar ferver mais um pouco, rectificar o tempero, especialmente a necessidade de mais vinagre.
  6. Recolocar novamente o borrego no tabuleiro, polvilhar com o resto das folhas de salsa, regar com um fio de azeite extra-virgem e servir.

Fiquei fã do molho de tomate, acho que nunca fiz um que ficasse tão saboroso.

Bom apetite.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bolo Mousse de Chocolate


Já há algum tempo fiz um bolo do estilo, no fundo é pegar na nossa receita de mousse favorita, juntar uma ou duas colheres de farinha e levar por um período breve ao forno para no final ficarmos com o equivalente ao pão-de-ló de Alfeizerão no mundo do chocolate.

No entanto o que eu fiz da outra vez tinha natas e desta vez, quando vi esta receita no site da Nestlé, da autoria de Débora Caetano, fiquei cheia de vontade de também a experimentar. Correu muito bem e a acompanhar com uns moranguinhos da época, ainda soube melhor.

Ingredientes:
6 ovos (separa gemas e claras)

200g de chocolate de culinária
150g de manteiga
170g de açúcar
50 g de farinha

  1.  Bater as gemas com o açúcar até ficar um creme claro. 
  2. Derreter a manteiga com o chocolate e juntar às gemas.
  3. Bater as claras em castelo e juntar ao preparado anterior. Adicionar a farinha e homogeneizar bem.
  4. Levar ao forno a 180ºC numa forma de fundo amovível durante cerca de 10 minutos (o suficiente para cozer dos lados e no fundo e por cima ficar uma película fina cozida, com o centro ainda líquido).
Para servir pode-se polvilhar com açúcar em pó depois de frio ou melhor ainda, servir quentinho com gelado ou com morangos ou com ambos se forem mesmo muito gulosos e quiserem tudo a que têm direito. E se estiverem de dieta mais vale comerem uma fatia pequenina do que ficarem a aguar em seco. Diz a voz da experiência. :-p

Bom apetite.

terça-feira, 29 de março de 2011

Migas de Espargos com Ovos



Um dos sinais evidentes da Primavera, para os lados donde eu trabalho, é o surgimento na beira-de-estrada de pequenas bancas com os produtos agrícolas da época, um deles sendo o espargo verde silvestre, apanhado nos campos pelos ciganos pequenitos e vendido aos molhos pelos adultos.

Pensei inicialmente em fazer o clássico: Espargos com Ovos Mexidos, mas entretanto descobri uma receita no site da Vaqueiro que me encheu mais completamente as medidas. Aqui vai ela:

Ingredientes:
300g de espargos verdes
2 dentes de alho
35g de bacon (em cubos)
70g de pão duro ou de broa de milho
4 ovos
Pimenta, azeite e manteiga qb

  1. Numa frigideira saltear num pouco de manteiga e azeite os dentes de alho ligeiramente esborrachados juntamente com o bacon. Quando o bacon tiver largado a maior parte da gordura juntar os espargos cortados em troços com cerca de 2cm de comprimento. Reduzir o lume, tapar e deixar cozinhar durante cerca de 10 minutos.
  2. Esfarelar bem o pão ou broa e juntar aos espargos, envolvendo bem. Temperar com pimenta (não usei sal por causa do bacon).
  3. Juntar os ovos batidos, mexer e deixar coagular sem permitir que sequem demasiado.
Bom apetite!

domingo, 27 de março de 2011

Salteado de beringela e courgette



A vida é cheia de mudanças, umas mais esperadas que outras, umas mais desejadas que outras, algumas que nos tiram o tapete debaixo dos pés e essas muitas vezes só passado algum tempo, olhando para trás, percebemos se acabam por nos fazer tirar os pés do chão e voar ou nos fazem estatelar redondos e desamparados.

Mas acompanhando os meus tempos de mudança pessoal, chegou a primavera, os dias incertos de sol, a vontade de sair para a rua e caminhar, as flores, os rebentos, o verde a despontar. E com tudo isso chegou-me um desejo por vegetais.

Ingredientes:
1 courgette pequena
1 beringela pequena
1 cebola roxa grande
1/2 queijo Palhais Mix
6 tomates secos
Azeite qb (usei azeite dos tomates secos)
2 dentes de alho
Sal, pimenta e manjericão fresco

  1. Numa frigideira ou wok aquecer uma fio de azeite. Levar a aquecer os dentes de alho esmagados ou cortados em pedaços grandes. Retirar da frigideira.
  2. Levar ao lume a beringela e a courgette cortadas em rodelas de tamanhos semelhantes, juntamente com a cebola cortada em oitavos e os tomates picados. Temperar com muito pouco sal, pimenta e manjericão. Tapar e deixar saltear em lume médio-forte, mexendo de vez em quando, até os legumes cozerem o suficiente (eu gosto deles ainda um pouco estaladiços).
  3. Retirar do lume, juntar o queijo cortado em pedaços e levar ao grill do forno alguns minutos até o queijo derreter. Polvilhar com o restante manjericão e servir.

Em quinze minutos estava o jantar feito. E que bem que me soube.

Bom apetite.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Bolo Prata com Laranja e Baunilha



Cinco claras no congelador, uma saca de laranjas recém-chegadas à cozinha e de repente, num domingo cinzento, um súbito de desejo por uma fatia de bolo. Partindo do conceito do Bolo Prata clássico deixei-me levar pela vontade de experimentar e acabei com um bolo que mal durou meio dia (e nós fomos só dois a comê-lo). Fofo, macio mas húmido: mesmo a meu gosto. Não cresceu muito (para a próxima tenho de pôr as claras a descongelar com antecedência) mas ficou com um sabor mesmo, mesmo bom.

Próximo domingo marcamos novamente encontro com ele na cozinha cá da casa. 'Tá combinado!

Ingredientes:
170g de farinha
150g de açúcar
5 claras de ovo
100g de manteiga sem sal ou margarina
1 colher de chá de fermento
1 iogurte cremoso de baunilha
1 laranja grande

  1. Aquecer o forno a 180ºC e untar uma forma com manteiga e polvilhá-la com farinha.
  2. Numa tigela bater a manteiga com o açúcar até ficar cremoso. 
  3. Bater as claras em castelo e misturá-la ao preparado anterior. Incorporar depois a farinha e o fermento.
  4. Juntar o iogurte e sumo de laranja e homogeneizar bem. 
  5. Distribuir a massa pela forma e levar ao forno durante 40 minutos.
Deixar o bolo arrefecer antes de servir. Achei-o melhor depois de frio do que ainda quente, seja em termos de sabor seja em termos de textura.

Bom apetite!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Merengue com creme de citrinos e coco



No Natal passado, a fazer biscoitos de canela para oferecer aos amigos, sobraram um número considerável de claras de ovo, que congelei em saquinhos. Andei entretanto a pensar no que fazer com elas e agora cedi a gostos mais alheios do que meus e fiz uma colecção de merengues de vários formatos, uns simples e outros completados com um recheio de creme que ao contrário do que se pensaria à primeira vista, veio tornar o sabor muito mais leve e menos açucarado (o que para mim é mesmo aquilo que os suspiros precisam...).

Para o creme de citrinos, usei a receita do post anterior de creme de laranja, mas usei antes dois limões, meia lima e duas clementinas para o sumo. O creme branco é de leite de coco light. E a receita de merengue e a inspiração veio deste belo blog: Cook and Be Merry.


Ingredientes:

6 claras de ovo
2 colheres de chá de vinagre de sidra
1colher de chá de extracto de baunilha
1 colher de chá de sal
400g de açúcar

100ml de leite de coco (light ou normal)
1 colher de sobremesa de maizena

1 colher de chá de açúcar (ou 2)

creme de citrinos q.b.

  1. Aquecer o forno a 150ºC e forrar um tabuleiro com papel vegetal ou um tapete de silicone.
  2. Numa tigela juntar as claras, vinagre, baunilha e sal e bater com a batedeira começando em baixa velocidade ate que forme picos suaves.
  3. Juntar lentamente o açúcar enquanto se continua a bater, até o creme fazer picos firmes. Se se passar um pouco de creme entre os dedos deve-se sentir suavidade e não o granulado do açúcar. Se for o caso bate-se mais um pouco.
  4. Dispôr no tabuleiro colheradas grandes do creme e com a ajuda duma colher achatar um pouco o face superior, formado uma cova ao centro. Levar ao forno 35 minutos e depois desligá-lo sem abrir a porta e deixar os merengues lá dentro a acabar de cozer durante 1 hora. Retirá-los depois para uma rede de arrefeciemento.
  5. Entretanto fazer o creme de laranja e arrefecê-lo. Para o creme de coco, junta-se o leite de coco, a maizena e uma colher de chá de açúcar e leva-se ao lume. Deixar ferver até ter uma consistência cremosa firme e depois deixar arrefecer um pouco. Por fim, dispôr os cremes sobre os merengues.
Seis claras de ovo dão para fazer bastante merengue. A mim deu-me para fazer 6 merengues pequenos (os da foto), um grande tipo pavlova e um rectângular.

Bom apetite!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Creme de Laranja


Com a abundância de laranjas e citrinos em geral do Inverno e a precisar de fazer um bolo para uma reunião familiar, voltei a fazer o bolinho de laranja e azeite maravilhoso do David Leite. Mas como só um bolo não me dava vazão ao laranjal que por aqui vai, este ano resolvi experimentar fazer um creme de laranja (um curd) que não só permite conservar a laranja por algum tempo como ficou óptimo a servir de recheio do bolo como ainda é perfeito para barrar torrada (aliás, eu cá acho que estes cremes nasceram para isso: barrar pão torrado).


O creme pode ser guardado no frigorífico durante duas semanas, sem grandes cuidados. Se usarem os cuidados aplicados a outras conservas (frascos esterilizados cheios a quente e bem fechados em seguida) podem durar até 3 meses no frigorífico ou 6 semanas num local fresco e sem luz do sol podendo depois de abertos os frascos serem guardados 1 semana no frigorífico.

Ingredientes:
3 ovos inteiros
2 gemas
1 chávena de sumo de laranja (também se pode utilizar a casca da laranja)
150 gramas de açúcar
55 gramas de manteiga sem sal
1/2 colher de chá de sal
1 colher de chá de essência de baunilha

  1. Num tacho bater os ovos com o açúcar. Juntar o sal e o sumo de laranja (e a casca) e misturar tudo.
  2. Levar ao lume baixo, mexendo constantemente. Deixar a mistura cozer sem que ferva. Quando o ovo cozer a mistura muda de translúcida para opaca e torna-se mais espessa. Deixar engrossar a gosto.
  3. Tirar do lume e juntar a manteiga e a essência de baunilha. Misturar tudo bem e se necessário passar por um coador (se se utilizar a casca, por exemplo).
Bom apetite!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Muffins-patanisca de Bacalhau


Desta vez não trago uma receita certinha, é mais uma ideia que um plano a seguir à risca. Uma destas noites tinha umas postas de bacalhau a precisarem de uma receita e apeteciam-me pataniscas. Mas não me apetecia meter-me em frituras, por mais que um motivo: as calorias, o cheiro, os salpicos. Para mais tinha uma forma nova de silicone ainda por experimentar: posto isto, transformei as minhas pataniscas nuns muffins.

Segui a receita habitual do polme das pataniscas de bacalhau (uso sempre a da Vaqueiro), juntei uns vegetais ao bacalhau (sempre a cebola e neste caso cenoura ralada cozida ligeiramente no microondas e bróculos picados), uma pitada de bicarbonato de sódio, salsa e coentros e acrescentei farinha com fermento até ficar com uma massa mais consistente em vez de um polme*. E é por isto que não tenho uma receita metódica para apresentar: a quantidade de farinha foi toda medida a olho.

Depois foi só distribuir pelas formas e levar ao forno cerca de 20 minutos a 200ºC. Ficaram fofinhos e bastante húmidos por dentro, que era o que pretendia. Usei-os para um jantar mas quando voltar a fazer vai ser com uma petiscada em vista ou num piquenique.


*Uma nota importante é a de não se mexer demasiado a massa: uma massa não homogénea garante um muffin mais fofinho.
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